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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/05/2020

De coração aberto.

Carta aberta aos Beastie Boys

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/05/2020

Salve Adam & Mike,

Espero q essa encontre ambos safe and sound, como se diz aí, assim como suas respectivas famílias.

Peço licença pra chegar, afinal contextualizar é preciso.

Quem conhece o gatuno aqui sabe q sua banda, sem querer, virou uma espécie de estrela guia, sem exagero. O estilo, o alto astral, a originalidade, o tutano de fazer as coisas nos próprios termos. A proeza de ser espiritual e zuêro ao mesmo tempo. O fato de jamais terem escolhas pautadas pelo mercado, o “Be true to yourself and you will never fall” do baguio. Tudo isso ressoa na minha alma desde o dia um.

Assim, quando, já em quarentena, assisti o documentário, aquilo fez muito bem, mudou o dia. E me deu vontade de replicar a felicidade p/ quem me faz sorrir & dá saudade. Mas também lembrei q nunca + vou saborear o ritual de pegar um álbum novo, recém-lançado, e apertar o play como quem vai ao cinema.

Em vez de vestir véu de viúva, juntei o acorde maior com o outro em tom menor. Fucei os arquivos do Sport Fly em busca de material + mokado. Muita coisa até tenho em vinil, mas no momento um oceano separa as minhas mãos do acervo sincero q cultivo desde quando o rap era rap.

Enfim, juntei tudo q achei pela frente em termos de faixas bónus, remixes, gravações ao vivo, e participações eventuais, pruma playlist em toada de mixtape, com sabor de saudade, mas também de novidade, liga?

Fiquei decepcionado ao descobrir q o mundo digital oficial tá dormindo no barulho das duas únicas faixas q, até onde eu saiba, o Yauch gravou fora de um disco dos Beastie Boys, e mais um punhado de pequenas pérolas q vcs cometeram entre um arrasa-quarteirão e outro.

Apesar disso, a porra toda somou três horas e meia de música!

Aí, arregacei as mangas e botei o nerdismo no ringue com a minha noção de bom senso. Fui destrinchando, peneirando, ponderando e escolhendo, enquanto buscava criar um quebra-cabeça q fizesse sentido e soasse fluído, pr’além da indulgência de fã, q é armadilha fácil.

Sinto q é o melhor jeito q posso contribuir com o colectivo e alcançar minhas consagradas & consagrados durante esses dias de distanciamento social.

Como a maioria da rapa também pira no som q vcs faziam c/ o Adam, segui o impulso de preparar uma turnê + alternativa pelo catálogo B-Boy.

Procurei estruturar de modo condizente com as escolhas q, imagino, vocês fariam caso se vissem na minha situação.

De modo geral, ficaram alguns poucos remixes feitos por famigerados cientistas do sampler, mais um par de pedrada ao vivo… Também fugi dos clássicos absolutos, q minha gente já conhece de cor e salteado.

Enfim, é uma playlist metida a besta. Com B maiúsculo!

B-Side Wins Again“, já diziam os Public Enemy

Intergaláctico planetário,
Rodrigo Brandão


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