[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Direitos Reservados
Branko lançou esta segunda-feira a remistura de “Ter Peito e Espaço”, canção original de Sara Tavares. Plutonio e PEDRO juntaram-se ao autor de Atlas na nova versão que teve estreia na edição deste ano da Eurovisão.
Depois de estabelecer “a ligação entre Kinshasa, Londres e Lisboa” em “Over There“, João Barbosa libertou algum espaço na sua agenda preenchida (actuou no NOS Alive, Sou Quarteira e NOS Summer Opening, por exemplo, e, segundo o próprio, está totalmente focado na produção do seu próximo disco) para mostrar oficialmente uma das “melhores produções” em que já esteve envolvido.
Como é que surge a ideia para esta remistura? A “Ter Peito e Espaço” foi uma escolha lógica?
A ideia de fazer uma versão do tema surgiu assim que o ouvi, gravei uma série de voice messages no meu telefone com a ideia para o beat e do que queria fazer com a voz. Quando apareceu o convite para a Eurovisão, achei que poderia ser a altura perfeita para convidar a Sara a juntar-se com uma versão nova deste tema ao que eu estava a programar, foi uma honra enorme quando ela disse que sim.
Quando é que o Plutonio e o PEDRO entram na equação?
Desde cedo achei que ter um rapper poderia elevar ainda mais a canção para outro patamar e em conversa com o PEDRO sentimos que o Plutonio seria perfeito e, felizmente, também ele aceitou o convite. Acho que tive imensa sorte com os convites e com o processo que passou por bastante gente e só tenho a agradecer a todos, inclusivamente ao PEDRO que me ajudou a decifrar algumas ideias que tinha nos voice messages para criar o beat. Acho mesmo que o resultado é das melhores produções em que já estive envolvido.
O Fitxadu foi um dos discos de 2017 que mais rodou por aí?
Completamente. “Coisas Bunitas” e “So Sabi” são altamente essenciais em todas as playlists de Spotify do office, toco também muito no meu set a versão do iZem do “Coisas Bunitas“.
Isto significa que vamos ter mais música com a Sara e o Plutonio no futuro? Existe alguma coisa a ser preparada?
Não existe nada a ser preparado especificamente, mas não quer dizer que não aconteça. Neste momento estou totalmente focado a acabar a produção do meu próximo disco.
A tua curadoria foi um dos momentos mais bem conseguidos da edição deste ano do NOS Alive. Sentiste que a tua missão foi cumprida com sucesso?
Obrigado! Senti sim, felizmente. Confesso que é relativamente simples para mim pensar em curadorias e em programação de artistas para um evento desde que esteja relacionado com o que faço e com a forma como me posiciono na música. Acredito mesmo que toda esta cena electrónica global tem muita força pela diversidade e pela junção de beats e cultura e isso torna tudo bem mais fácil. Sango, Kokoko!, DJ Lag são alguns dos artistas que mais admiro no mundo e que mais queria ver, melhor ainda quando se junta a família Enchufada a tudo isto.