[FOTO] NashDoes Work
Depois de uma bem-sucedida curadoria (e actuação) na edição deste ano do NOS Alive, Branko ruma à Madeira para actuar amanhã, 20 de Julho, no NOS Summer Opening. O DJ e produtor da Enchufada partilha a programação do primeiro dia do festival com Mishlawi ou Wet Bed Gang, nomes emergentes do rap português.
Depois de cimentar a sua posição com os Buraka Som Sistema, João Barbosa continuou a brilhar a solo: as digressões pelo mundo fora e projectos como ATLAS, Club Atlas e Enchufada na Zona colocam-no directamente no topo da lista de músicos portugueses mais relevantes da actualidade.
Antes do concerto no Parque de Santa Catarina, no Funchal, o Rimas e Batidas esteve à conversa com o artista.
Esta não é a tua primeira vez na Madeira. Existe algum local obrigatório que tenhas de visitar sempre que vais lá?
A primeira busca é pelas clássicas Lapas e uma Brisa Maracujá, mas não tenho ainda o meu spot específico. A partir daí estou feliz e já está a valer tudo.
Agora mais do que nunca fala-se que o nosso nível está cada vez mais próximo do lá de fora. Como artista que passa grandes temporadas a tocar e a criar fora do país, achas que este tipo de festivais (com cartazes compostos por músicos nacionais de géneros tão diferentes) só são possíveis por causa disso? Vivemos um dos melhores momentos da nossa história musical colectiva?
Acho que o actual cenário musical português está muito saudável porque parece que finalmente estamos a começar a abraçar o que nos torna únicos e as cumplicidades dentro da língua portuguesa e a começar a criar música que é mais honesta e especial a falar directamente do que acontece no nosso dia-a-dia. Isto deve-se bastante ao facto de existir um circuito de concertos a nível nacional que permite que finalmente seja possível sobreviver da música sem ser o Rui Veloso ou o Pedro Abrunhosa. Quando neste itinerário de concertos temos uma série de eventos que dão prioridade à música portuguesa, acho que tudo se acaba por complementar e acabamos por criar uma cena musical onde já é possível ter a ambição de ser um músico profissional sem termos necessariamente de nos movimentar num universo super comercial.
Certamente que já terás tido oportunidade de ver ao vivo grande parte dos nomes que vão ao NOS Summer Opening, mas existe algum que nunca tenhas tido oportunidade e que tenhas grande curiosidade?
Confesso que ainda não vi a Mallu Magalhães e estou super curioso!
Dentro do universo português existe algum álbum/som lançado em 2018 que esteja em loop nos teus auscultadores? Algum projecto que vá estar na tua playlist de viagem para a Madeira, por exemplo.
O último EP do Izem na Enchufada tem estado em repeat constante no meu Spotify, o Dino D’Santiago e as suas novidades também fazem completamente parte de todas as minhas playlists. Conan Osiris ou o novo som do Loony, “Homi Grandi“, também são boas novidades no meu telefone.
Cinco faixas que não vão faltar no teu set?
Pedro – “Na Quebrada” (feat. Rincon Sapiência);
Dino D’Santiago – Nôs Funaná (Branko & Pedro Remix);
Branko – “Over There” (feat. Miles From Kinshasa);
Rastronaut – “Azinhaga”;
Badsista & Tap – “Na Madruga” (Branko Remix).