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Depois das rimas de gente como Beware Jack e o companheiro Sir Scratch, hoje foi a vez de Bob da Rage Sense protagonizar uma faixa lançada na TV Chelas de Sam The Kid, com um instrumental do mestre do “quarto mágico” e com um refrão de Francis Dale. A propósito do tema, o Rimas e Batidas falou com o rapper luso-angolano para desvendar mais sobre “Montanhas” e os planos de Bob da Rage para o futuro.
“O Samuel mandou-me este instrumental há um ano e tal e era para um EP que estava a gravar, mas decidi pô-lo na gaveta porque apercebi-me de que afinal não me apetecia gravar nada na altura”, diz Bob ao Rimas e Batidas. “A primeira curiosidade que reparei foi no nome que ele deu ao instrumental quando abri o Gmail – “Montanhas”, por causa do sample de voz que está de fundo no refrão, e a partir daí veio-me uma frase na cabeça – ‘Quando as montanhas se encontram’ e tudo o resto aconteceu de forma fácil e natural”.
Passado um ano, chegou a TV Chelas, a esperada plataforma de Sam The Kid que veio abalar (muito) positivamente o hip-hop português. “Montanhas” acabou por ser mais uma das faixas a sair pelo site e Bob da Rage Sense já nos revelou que constará do seu próximo trabalho – assim como outros instrumentais de STK, podemos adiantar.
E em relação à colaboração inédita com o músico Francis Dale? “Eu ouvi-o na altura, gostei do que ouvi e pensei que seria nice ter um bridge dele no tema, que pensei juntamente com o Francisco Rebelo, numa sessão de arranjos que estávamos a fazer no estúdio. Enviei um mail ao Francis a fazer o convite e ele tinha dito que sim”, explica-nos Bob. “Entretanto mandei o instrumental ao Scratch para ele criar uma melodia para o refrão e foi exactamente esta que o Francis acabou por executar. Eu dou muita importância aos refrões e quando imagino algo, tem de se materializar, sempre de forma natural, claro.”
Sobre o futuro, o rapper mantém a premissa de que pretende fazer uma pausa na música num futuro próximo, mas, até lá, quer continuar a trabalhar no seu próximo disco. “Eu tenho 6 álbuns escritos e sem destino. Tenho andado a escrever mais temas novos”. Venham de lá esses discos. Até lá, há uma longa caminhada pelas “Montanhas” da vida:
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