Perceive Its Beauty, Acknowledge Its Grace é o título do álbum que se segue nas contas de Shabaka Hutchings a solo. Assinando apenas como Shabaka, o músico inglês vai voltar a ter o carimbo da Impulse! num trabalho seu a 12 de Abril.
Detentor de uma vasta obra nos meandros do novo jazz britânico, Shabaka é um dos símbolos maiores de uma nova geração de saxofonistas, figura de proa em grupos como Sons Of Kemet, The Comet Is Coming ou Shabaka And The Ancestors. Em 2022 estreou-se a solo com o álbum Afrikan Culture e, no ano seguinte, trocou-nos as voltas ao assinar Flowers In The Dark enquanto Kofi Flexxx, numa altura em que já tinha anunciado que se ia despedir do saxofone muito em breve — no Rimas e Batidas, os últimos concertos do artista londrino ao leme do imponente instrumento de metal foram reportados por João Morado, em Dezembro passado. Ao longo de uma década de actividade, agraciou ainda trabalhos de gente como Mulatu Astatke, Yazz Ahmed, Yussef Dayes, Joe Armon-Jones, Makaya McCraven ou até mesmo Armand Hammer.
Em Perceive Its Beauty, Acknowledge Its Grace, Hutchings recorre agora a clarinete e flautas para veicular as suas composições. “End Of Innocence” é o primeiro avanço do LP, que será composto por um total de 11 faixas e tem apresentações ao vivo marcadas para a Europa (sem datas para Portugal até ao momento) e para os Estados Unidos da América. Neste novo registo do músico inglês, são muitos os convidados que o acompanham na aventura: Carlos Niño, Jason Moran, André 3000, Floating Points, Brandee Younger, Esperanza Spalding, Moses Sumney, Laraaji ou E L U C I D deixam a sua marca no segundo a solo de Shabaka.
Através de um comunicado, o autor explicou que esta luxuosa ficha técnica se deve ao facto de ter conhecido vários músicos talentosos ao longo dos últimos anos de estrada. Para gravar este projecto, juntou muitos deles no histórico estúdio de Rudy Van Gelder, em Nova Jérsia: “Tocámos sem headphones ou separadores na sala, de modo a que conseguíssemos capturar aquela atmosfera de quando se toca num espaço sem qualquer intermediário tecnológico.”