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AMAURA acaba de mostrar as músicas do seu novo EP, DENSO. “Pedro e o Lobo”, “Saber quem sou” e “Duplo” compõem o curta-duração que sucede a EmContraste, projecto editado em 2019.
Com vídeo realizado por Rafael Duarte & Iuri Policarpo, TNT (que entrega um verso no segundo tema) e Pedro Quaresma juntam-se à talentosa cantora na composição destas canções que são ornamentadas por Serge Delarue (teclas), Rui Berton (bateria), Pedro Braula Reis (guitarra) e Pedro Martinho (baixo).
Fomos tentar saber um pouco mais sobre a rota que nos trouxe até estes caminhos cada vez mais densos que Maura Magarinhos anda a trilhar.
Como surgiu esta ideia para o vídeo do DENSO?
Surgiu de um conjunto de ideias que já tinha para projectos anteriores. A partir daí foi aquele “same same” de escolher sítios, estudar planos, styling etc… Estou muito contente com o resultado final.
Em relação à música em si, houve algum conceito ou narrativa que tentaste explorar nesta nova fornada de temas?
Sou consumidora de vários estilos de música diferentes, gosto muito de jazz, trip hop e música instrumental, onde a banda tem o papel principal. Quanto à narrativa, é resultado da minha maturidade. Não escrevi as letras a pensar em alcançar “isto ou aquilo”, simplesmente juntei áreas da escrita que queria explorar à maturidade que o tempo traz e deu-se o DENSO.
Neste EP estreias-te nas composições originais em nome próprio. Que diferenças notas, tanto ao nível do processo criativo como do produto final que agora apresentas, entre o Denso e o EmContraste?
Esse sim foi um processo que me deu “água pela barba”. Aliás, deu-nos: a mim, ao TNT e ao Pedro Quaresma. Mas adoro música feita com instrumentos tanto quanto adoro o beat, e nas [faixas] de DENSO propus-me a isso. Tive um super auxílio da banda e fiquei muito feliz com todos os inputs que cada um dos elementos deu à ideia original. Todo o processo terminou num resultado lindo.
2020 foi um ano atípico mas recusaste-te a atirar a toalha ao chão. Actuaste ao vivo, reeditaste a tua mixtape, foste ao E Agora?, colaboraste com o Tayob J numa canção e ainda editas agora o teu segundo projecto. Que mais se avizinha para a AMAURA?
Foi mega atípico e, esoterismos à parte, acredito em justiças… Misturando isso com o estar bem rodeada de pessoas criativas e talentosas, e trabalho e vontade, as coisas acontecem! Estou muito grata por estes tempos não me terem esquecido. Relativamente ao futuro, sem ingenuidades ou falsas pretensões, quero continuar a fazer sem pensar nos “números”, mas sim na intenção e na qualidade, por isso amanhã talvez o projecto seja “fado-house” [risos] Agora a sério, a minha ambição é fazer música com qualidade e alma, e sempre fiel a mim.
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