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Publicado a: 23/03/2018

Caroline Lethô e Carga Aérea representam Portugal na edição de 2018 da Red Bull Music Academy

Publicado a: 23/03/2018

[FOTO] Chester Holme

Em 2018, a Red Bull Music Academy vai celebrar o seu 20º aniversário em Berlim, “a cidade onde começou a aventura global de uma instituição itinerante que já percorreu todos os continentes”, podemos ler no press release da Red Bull.

Os participantes desta edição já foram revelados e a tripulação portuguesa vai contar com dois navegantes: Caroline Lethô e Carga Aérea. Entre 8 de Setembro e 12 de Outubro, a dupla viaja até território alemão e junta-se a uma classe com participantes do Brasil, Quénia, Coreia do Sul, México, Canadá, Filipinas, Rússia, Nova Zelândia, Espanha, Turquia ou África do Sul.

 



“A primeira vez que pensei candidatar-me à Red Bull Music Academy foi em 2016, ano em que a academia teve lugar em Montreal. Depois de abrir o questionário de candidatura, não demorei muito tempo a desistir. No final de Julho passado, já com mais força de vontade e trabalho desenvolvido, decidi tentar. Passei o Verão a responder às 53 perguntas e enviei a candidatura completa no último dia do prazo, com um selo especial do Yoda”, revelou Francisco Marujo, o nome verdadeiro de Carga Aérea, em conversa com o Rimas e Batidas. Carolina Mimoso, artista que marcou presença no 1º Festival Rimas e Batidas, esteve quase para desistir de participar, mas, felizmente, não o fez: “Foi a terceira vez que preenchi o famoso formulário. Prometi que era a última e tive quase para desistir. Ainda bem que aconteceu.”

Ao longo dos anos, o famoso “sofá” das lectures, uma das mais notórias actividades proporcionadas aos participantes desta academia, recebeu nomes tão importantes e diferentes como Brian Eno, Philip Glass, Erykah Badu, Ryuichi Sakamoto, D’Angelo, George Clinton, Nile Rodgers, Frankie Knuckles, Giorgio Moroder, Questlove, Stephen O’Malley, Rakim, RZA, Steve Reich, M.I.A., Bob Moog, Tom Oberheim, Roger Linn ou Donald Buchla. Ainda sem sabermos os nomes que irão marcar presença na edição deste ano, questionámos a dupla sobre quem gostariam de ver à sua frente. “Espero encontrar um painel equilibrado que cubra um bocado de tudo e que seja justo”, disse a produtora. Já Francisco não se coibiu de enumerar uns quantos músicos: “Há tanta gente, mas assim de cabeça gostava de ouvir malta como o Brian Eno, o William Basinski, o Nils Frahm, o Ryuichi Sakamoto, o Panda Bear, o Alva Noto, a Caterina Barbieri, o Dean Blunt, o Steve Hauschildt…a lista seria infindável. Um sonho irrealizável seria a Pauline Oliveros, que infelizmente nos deixou em 2016 — mas não sem ir falar primeiro à RBMA em Montreal, pelo que poderei sempre ter uma amostra do que teria sido. E bem, já agora, adorava umas aulinhas com o Conan Osiris!”

 



Numa “academia” com projecção global, a visibilidade é uma garantia. Se os proveitos podem ser grandes, o melhor é manter os pés no chão, para já. “Dia 13 de Abril vou abrir para o concerto dos Golden Retriever na Galeria Zé dos Bois, o que já significa muito para mim. Ainda assim, em termos de visibilidade, a RBMA terá uma escala completamente diferente. Em termos concretos não sei o que isso significará mas certamente muita gente passará pelo meu nome e pela minha música. Depois disso vai depender de quantas pessoas gostaram do que ouviram (e também quem ouviu)”, respondeu Carga Aérea. Caroline Lethô prefere focar-se em algo mais palpável: “Acho que o mais importante é mesmo o knowledge e a experiência com que vou voltar.”

 


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