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Brian Jackson volta a apresentar-se a solo em This Is Brian Jackson, o álbum que lança pela BBE Music no dia 6 de Maio.
O início da carreira do multi-instrumentista e compositor de Brooklyn cruza-se com os primeiros passos de um outro histórico do cancioneiro negro norte-americano. Na Universidade de Lincoln, na Pensilvânia, Brian Jackson conhece Gil Scott-Heron e, durante cerca de 10 anos, os dois formam uma das parcerias mais emblemáticas de sempre dentro da estética soul. O malogrado poeta e cantor de Chicago estrear-se-ia nas edições em 1970 com o disco ao vivo Small Talk at 125th and Lenox para depois, no ano seguinte, apresentar Pieces of a Man como primeiro álbum de estúdio, onde já contou com a presença de Jackson no piano e na composição.
A fórmula manteve-se em Free Will (1972), o segundo LP assinado por Heron, até que, em 1974, o nome de Brian Jackson passou também a figurar na capa, como aconteceu em Winter in America, para muitos o melhor registo de sempre a surgir desta frutuosa colaboração, onde mora o single mais popular da dupla “The Bottle”. It’s Your World, Bridges e Secrets foram mais alguns dos projectos que se seguiram até 1980, o título do último esforço conjunto entre ambos e também o ano em que se consumou o “divórcio criativo”.
Durante as décadas que se seguiram, Jackson esteve maioritariamente ao serviço de outros artistas. Ao contrário do seu percurso a solo, onde existe apenas o álbum de 2000 Gotta Play, a lista de nomes com os quais se cruzou em estúdio é bastante mais preenchida e tem os Kool & The Gang, Roy Ayers ou, bem mais recentemente, Ali Shaheed Muhammad e Adrian Younge, que juntaram mais um herói ao luxuoso catálogo da sua Jazz Is Dead.
Conforme o músico revelou num comunicado, This Is Brian Jackson começou a ser esboçado ainda em 1976, por volta da altura em que Jackson e Heron se encontravam a gravar Bridges. A história chegou aos ouvidos de Daniel Collás, produtor do disco, que prontamente desafiou o seu autor: “como soaria um álbum de Brian Jackson de 1976 se fosse o Brian Jackson do século XXI a terminá-lo?” “All Talk” é, para já, a única amostra ao nosso alcance.
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