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Morreu Terry Hall, vocalista, compositor e letrista que fez parte de bandas como The Specials ou Fun Boy Three. O músico inglês tinha 63 anos e o anúncio da sua morte foi feito nas redes sociais do seu grupo mais emblemático.
Como medir o impacto da sua dimensão e do seu impacto? “The protest soundtrack to our youth & the blueprint of our band“, escreveram os Massive Attack no Twitter depois da notícia começar a circular. No Instagram, Goldie também reagiu com grande tristeza (e Skepta comentou um “No way!” que diz tudo). Nomes de diferentes quadrantes e gerações do complexo panorama musical britânico mas igualmente impactados pela música que Hall e os seus colegas criaram nas décadas de 70 e 80. Em 2019, e virando as agulhas para o território português, Scúru Fitchádu dizia-nos o seguinte: “Quero ser os The Specials de Almada!”. Transversal.
Foi durante esse curto espaço de tempo entre as décadas anteriormente mencionadas que Hall fez a revolução com os The Specials, lançando-se o álbum homónimo (1979) e More Specials (1980) nessa época, trabalhos para o qual contribuiu antes da sua saída para outras aventuras (voltaria mais tarde, em 2008, para novas digressões, novos concertos e até novos álbuns, Encore e Protest Songs 1924–2012). Deve-se ainda mencionar o single “Ghost Town”, de 1981, que o The Guardian destacou, em segundo lugar, na lista de 100 melhores Nº1s na história das tabelas de vendas do Reino Unido.
De Conventry, o cantor descobriu que este seria o seu caminho (ou um trajecto possível) quando ouviu Young Americans (1975), álbum de David Bowie. Para lá dos projectos com grupos, Hall lançou dois LPs a solo: Home (1994) e Laugh (1997). Em 2023, uma das suas últimas participações surgirá em Outta Sync, álbum de estreia a solo de Don Letts.
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