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Foram revelados os nomeados para a edição de 2024 dos Grammys no final da semana passada e SZA é a artista cujo nome mais vezes surge na habitual longa lista de categorias. Os vencedores serão conhecidos numa gala que está agendada para o dia 4 de Fevereiro.
Se dúvidas existiam, facilmente se desfizeram aquando o lançamento de SOS. O muito aguardado sucessor de Ctrl superou todas as expectativas e é hoje um dos álbuns comercialmente mais bem sucedidos da história mais recente da indústria discográfica, mostrando ao mundo inteiro que o estatuto de popstar não é algo exclusivo aos homens, muito menos àqueles que se encontram afiliados a uma editora major, já que este LP de Solána Imani Rowe veio novamente selado pela Top Dawg Entertainment. Editado já na recta final de 2022, SOS não foi a tempo de figurar entre as escolhas para a cerimónia de entrega dos prémios referentes a 2023, transitando para 2024 e, diga-se, em grande estilo: Gravação do Ano, Canção do Ano, Álbum do Ano, Melhor Performance Pop em Duo/Grupo, Melhor Performance de R&B, Melhor Performance de R&B Tradicional, Melhor Canção de R&B, Melhor Álbum de R&B Progressivo e Melhor Performance de Rap Melódico são as 9 categorias para as quais SZA concorre.
Olhando ainda mais a fundo na ideia do poder feminino acima defendido, a coisa fica clara como água se analisarmos detalhadamente as 4 principais modalidades em jogo. Feitas as contas, há muitas mais mulheres de que homens a verem os seus nomes constar por entre as shortlists para Gravação do Ano, Canção do Ano, Álbum do Ano e Melhor Novo Artista, com gente como Billie Eilish, Lana Del Rey, Ice Spice, Olivia Rodrigo, Boygenius, Victória Monet, Janelle Monáe, Dua Lipa ou Taylor Swift à cabeça. Um dos poucos talentos masculinos que por aqui encontramos e que mais atenção nos chama é o de Fred again.., produtor inglês que nos brindou com uma actuação arrebatadora na última edição do Primavera Sound — está na “luta” pelo galardão de Melhor Novo Artista.
Nas restantes categorias que se cruzam com o universo do Rimas e Batidas: Aphex Twin, James Blake ou Fred again.. disputam a Melhor Gravação de Dança/Electrónica, sendo que estes dois últimos figuram também entre os nomeados para Melhor Álbum de Dança/Electrónica; Robert Glasper, Victória Monet, Terrace Martin, Summer Walker e 6LACK são artistas que surgem uma ou várias vezes referenciados por entre os diferentes segmentos dedicados ao r&b; dentro da esfera do hip hop e do rap, saltam à vista a distinções atribuídas a Nicki Minaj & Ice Spice, Baby Keem & Kendrick Lamar, Drake & 21 Savage, Travis Scott, Nas, Doja Cat, Black Thought ou Killer Mike; já no jazz, encontramos menções a Samara Joy, Lakecia Benjamin, Cécile McLorin Salvant, Pat Metheny, Ivan Lins, Meshell Ndegeocello, SuperBlue (de Kurt Elling e Charlie Hunter) ou ao trio formado por Arooj Aftab, Vijay Iyer e Shahzad Ismaily.
Destaque ainda para a manutenção de categorias mais recentes que visam abranger o máximo de linguagens musicais possível — Melhor Álbum de Música Urbana (Rauw Alejandro, Karol G ou Tainy sucederão a Bad Bunny, vencedor nas primeiras duas edições deste prémio mais latino) e Melhor Performance de Música Global (que compreende nomeações de gente tão distinta quanto Silvana Estrada e Burna Boy) — e para a criação de uma nova modalidade que celebra os sons de África — o bom momento de forma da música oriunda da Nigéria faz-se notar por entre a lista de concorrentes a Melhor Performance de Música Africana.
Podem consultar a lista completa com todos os nomeados para a edição de 2024 dos Grammy Awards na página oficial da organização.
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