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Stone Jones homenageia a diva do smooth jazz em Sade EP, editado no início deste mês pela sua Blckout Records.
Para quem cresceu durante a década de 90 é perfeitamente normal ter tido na diva britânica uma das suas primeiras referências musicais. Fosse pela televisão, pela rádio ou até pela colecção de discos dos pais, como foi o caso do produtor da Linha da Azambuja, que em miúdo se deixava enamorar pela compilação The Best Of Sade, em que residem alguns dos maiores clássicos de Sade, como “Smooth Operator” ou “No Ordinary Love”.
Depois do flirt inicial, o sentimento foi crescendo com o passar dos anos até que, em 2020, virou um compromisso mais sério. “Durante a quarentena, saquei a discografia completa dela e foi aí que me lembrei de fazer este projecto. Fui fazendo os beats ao longo do ano em conjunto com muitos outros”, contou Stone Jones ao Rimas e Batidas.
A chegada de Sade EP, infelizmente, coincidiu num período ainda de ressaca resultante da notícia do desaparecimento precoce de MF DOOM, um dos artistas de hip hop que manteve uma ligação íntima com a obra de Helen Folasade Adu, cujas músicas foram sampladas por várias ocasiões durante o trajecto do MC mascarado. Um mero acaso, conforme nos explicou o produtor, adiantando ainda que tem na mira um projecto “de remixes em homenagem ao DOOM, que está para sair brevemente. Está neste momento em processo de mix e master.”
Em Abril do ano passado, Stone Jones e Amon deram origem à Blckout Records, selo discográfico independente que teve os dois fundadores em acção logo no primeiro lançamento, o curta-duração Cão. Na sua sucessão estiveram as REMIXED FILES de Groove Synthdrome, o alter-ego de Amon para a vertente da produção, um trabalho que deu uma nova vida a versos já editados por Conway The Machine, Sean Price, Fuse ou Tilt. Depois de Sade EP, a editora aponta para novas metas: “As coisas têm corrido bem, ao nosso ritmo. Temos andado a trabalhar em algumas coisas novas mas que, com o tempo, hão-de de ser divulgadas.”
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