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Num dia em que grande parte das atenções estão viradas para FRANKIEONTHEGUITAR (o EP que antecede o seu muito aguardado álbum de estreia está em destaque no ReB sob a forma de entrevista), há outras três coordenadas que devem ter em conta no mapa das edições discográficas. São como uma trilogia de sabores, assentes em diferentes géneros musicais, e podem descobri-los em seguida nos parágrafos que surgem mais abaixo.
Mas antes, tomem nota de mais alguns lançamentos desta quente sexta-feira que podem querer guardar para descobrir mais tarde: Carl Karlsson (Gc8), Post Malone (F-1 Trillion), Epicmustdie (IM GOING CRAZY, YOU SHOULD GO WITH ME.), Nsqk (ATP), 38 Spesh (Mother & Gun), SJ (The Biggest What If?), Jeriq (King), Gucci Mane (Greatest of all Trappers), YG (Just Re’d Up 3), Tangent (Alliances), Pouya (They Could Never Make Me Hate You), Chuck Johnson (Sun Glories), Durkalini & Surf Gang (Church & Surf), NoCap (Before I Disappear Again), Rosie Lowe (Lover, Other), LEATHERS (Ultraviolet), Timaya (Gladiator), Koreless (Deceltica EP) e Kenny Allstar (The Future’s Yesterday) também rubricaram edições neste 16 de Agosto.
[RS Produções] Ressurgência
É a Ressurgência das sonoridades periféricas. Em parceria com (e inspirados pelo trabalho de) Henrique J. Paris, os RS Produções alicerçaram um EP que serve de ode aos “múltiplos padrões transatlânticos, desde a dança footwork / Chicago juke estabelecida por RP Boo em 1997 até ao álbum Batida Unika de 2006 do kudurista Bruno M”, conforme revelaram numa breve conversa com João Mineiro para antecipar o projecto no Rimas e Batidas. Ressurgência parte, assim, de uma exposição patente no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, até 30 de Novembro próximo, e coloca a turma de Rio de Mouro a servir mais uma dose de música influenciada pela cultura beat e a herança africana, proporcionando mais combustível para as pistas de dança do mundo inteiro.
[Tinashe] Quantum Baby
Com apenas 31 anos de idade, Tinashe acaba de chegar ao sétimo álbum da sua prolífica carreira, que tem elevado o seu nome a um patamar de destaque dentro da esfera alternativa da pop e do R&B. Com uma componente trap bastante vincada, este novo Quantum Baby recupera também algumas estéticas de outros tempos, como as do R&B que acompanhou a viragem do milénio ou do garage oriundo do Reino Unido, ao mesmo tempo que nos indica que o caminho se faz para a frente, rumo ao futuro, através da inclusão de cadências drill e sintetizadores tão corpulentos quanto psicadélicos — tudo receitas de “cozinheiros” como Nosaj Thing, Zack Sekoff, Phoelix ou Ricky Reed.
[Fliptrix] Dragonfly
A presença do patrão da High Focus Records no nosso país tem passado despercebida dos palcos nacionais, mas talvez a edição de um novo LP faça com que os promotores de espectáculos comecem a prestar-lhe maior atenção daqui em diante. Dragonfly é um disco que Fliptrix criou, como diz, off the grid, refundido algures entre as montanhas portuguesas, e é dedicado ao seu pai, recuperando o nome da banda onde foi baterista durante a década de 1970. Conhecendo o rapper inglês como tão bem conhecemos, sabemos logo à partida, antes de apertar o play, que aqui moram faixas de boom bap de alto calibre. Após a escuta, confirma-se a previsão, com Fliptrix a mostrar-se um MC “à antiga”, de rimas amadurecidas, mas sem perder a pujança típica da jovialidade, sobre produções exclusivamente saídas das mãos dos irmãos Leaf Dog e Illinformed.
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