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Publicado a: 18/10/2015

RBTV: O mundo de Batida(s) de Pedro Coquenão – Parte IV

Publicado a: 18/10/2015

 

[TEXTO] Bruno Martins [FOTO] Luis Macedo

 

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Deixámos para a última parte um dos temas mais sensíveis para Pedro Coquenão: o activismo. Principalmente pelo momento social que se vive, no presente, em Luanda com a detenção ilegal, há mais de cem dias, de 15 activistas angolanos – entre os quais o do amigo Luaty Beirão, aka Ikonoklasta.

A condição de insatisfeito com o estatuto social é permanente na obra artística de Pedro Coquenão: desde o tempo em que foi a Luanda fazer as filmagens de um documentário que viria a chamar-se “É Dreda Ser Angolano” (2007). É nesse documentário que ouvimos um popular perguntar para a câmara: “Dos Santos é minha mãe? Savimbi é meu pai?”. É um sample que foi extraído e utilizado no tema “Bazuka (Quem Me Rusgou?)” do primeiro disco de Batida, Dance Mwangolé.

Dos discos para os palcos. A música é um veículo para fazer passar mensagens, seja com palavras, seja com cartazes, seja com danças. Batida é uma voz de alerta para causas que se tem levantado muito nos últimos meses desde a detenção dos activistas. Mas nesta última parte da entrevista com Pedro Coquenão, o músico não esconde o cansaço, a fatiga, a tristeza e a melancolia com o que se vai passando (e que o editor do Rimas e Batidas, Ricardo Miguel Vieira, por aqui abordou noutra conversa com Coquenão). A vontade de fazer música sobre o caso é pouca – por enquanto. Mas Pedro acredita que ela vai voltar e que, quer ele queira, quer não – quer as autoridades queiram, quer não – vão ter de o ouvir outra vez. Irreverente, como sempre. Assim esperamos.

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