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Publicado a: 23/09/2016

Quatro razões para marcar presença no Festival Iminente

Publicado a: 23/09/2016

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Pedro Soares

 

O Festival Iminente começa hoje e é uma das maiores surpresas no que toca a certames no Outono. Vhils tirou este “coelho da cartola” e juntou nomes do melhor que se faz em termos de música e artes visuais para três dias muito bem recheados no Jardim Municipal de Oeiras.

Como não poderia deixar de ser, o Rimas e Batidas vai estar presente para testemunhar o que certamente será um dos eventos mais relevantes, diversificados e interessantes de 2016. Para já, fiquem com quatro razões para não falharem a presença no Festival Iminente.

 


 

[UM ELENCO DE LUXO A MOSTRAR O QUE PORTUGAL TEM FEITO BEM NA VERTENTE VISUAL]

A arte visual em Portugal vai de vento em popa e as diferentes vertentes estão presentes: Wasted Rita utiliza o sarcasmo para dar à vida às suas ilustrações e fazer statements nada subtis, tornando a provocação como tom principal para desconstruir as idiossincrasias do mundo moderno; ±MAISMENOS± também é um sarcástico nato e foca-se mais numa arte de intervenção que entra em choque com os valores vigentes.

Vhils – o curador do festival -, Mário Belém, Add Fuel e AKACORLEONE são os restantes nomes que prometem murais incríveis e com o melhor que se faz a nível nacional. Paragem obrigatória no Festival Iminente.


https://www.youtube.com/watch?v=y1LY_cQ4hoU

 

[A VALORIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COM OS MELHORES ESCRIBAS DO PAÍS]

Sábado, dia 24 de Setembro, é um dia com nomes impressionantes: Chullage e Allen Halloween estão juntos num cartaz onde se valoriza a língua portuguesa acima de tudo. O primeiro, um dos MCs mais respeitados do hip hop lusófono, promete encher o palco principal de rimas de intervenção, mesmo que não lance material novo desde 2012. Rapresálias é, para muitos, um dos melhores álbuns de sempre do hip hop português; o segundo é nome incontornável no panorama contemporâneo e Árvore Kriminal e Híbrido são dois clássicos que deixaram uma marca profunda no rap nacional, colocando a língua e as visões da vida através da lente da rua a um outro nível. Allem também anunciou álbum acústico novo, provavelmente ainda para este ano, e há sempre a hipótese de poder testar já algum desse material ao vivo.


 

[A POSIÇÃO DE DJ, DO HIP HOP À BATIDA DE LISBOA]

O que significa ser DJ nos tempos modernos? A evolução da arte das rodas de aço desde os primórdios do hip hop tem uma representação variada neste cartaz. As linguagens contemporâneas do hip hop e electrónica são representadas por DJ Glue e DJ Ride ou Sam The Kid e DJ Big e deixam uma promessa de show de skill e selecção irrepreensível.

As linguagens mais quentes a piscar o olho à africanidade e às sonoridades latinas ficam por conta de Batida (DJ Set), DJ Marfox e DJ Firmeza. A tripla tem conquistado o reconhecimento internacional e será garantia de que no Festival Iminente ninguém se poderá queixar de falta de ritmo na batida.


 

[DUAS CONFIRMAÇÕES DE 2016 E O NOVO TALENTO NACIONAL]

O Rimas e Batidas já disse, por várias vezes, que este ano é um dos melhores do hip hp nacional. Duas das razões estão no Porto e em Lisboa: Keso e Holly Hood. O primeiro tem, até agora, um dos melhores álbuns de 2016, demonstrando que é dos mais talentosos a emergir do rap da Invicta. “BruceGrove”, faixa presente no KSX16, é um dos exemplos da sua habilidade para contar histórias com crueza rara; o segundo viveu na sombra de Regula durante os últimos anos e O Dread Que Matou Golias foi uma entrada a pés juntos no terreno hip hop nacional, com argumentos próprios que garantem que a luz também pode incidir sobre o seu trabalho, como por aqui já se garantiu na crítica ao álbum e na reportagem do concerto no Lux Frágil.

E há ainda mais talento nacional: Francis Dale, Isaura e Slow J são três nomes emergentes na pop embebida de electrónica e hip hop/r&b nacional. Francis Dale e Slow J têm relação íntima: o primeiro é o teclista de serviço no live act do rapper/produtor de Setúbal. Slow J é um das apostas do Rimas e Batidas – é importante relembrar este ponto-de-vista – e a proximidade do álbum de estreia – prometido para Setembro – é uma razão acrescida para não faltar.

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