Praso não está sozinho no mais recente avanço de Livre e Espontânea Vontade: Uno, TOM e Subtil acompanham o rapper de Sines em “Mal Acompanhado”, tema com um videoclipe filmado e editado por Slowtters.
Este é o sexto single do terceiro LP de originais de Praso, sucedendo a “Até Virar Pó”, “Raiva de Ontem”, “A Culpa Não É Do Nosso Romance”, “Juicy Lucy” e “Fugir À Regra”, temas lançados entre 2017 e 2018. O rapper e fundador dos Alcool Club e do Artesanacto esteve recentemente em palco a apresentar alguns dos novos temas, num concerto que serviu de celebração dos 10 anos de Alma & Perfil e de comunhão com Uno, TOM e Subtil para a gravação do vídeo de “Mal Acompanhado”.
O Rimas e Batidas trocou algumas palavras com Praso sobre o seu mais recente tema e o disco que será disponibilizado no dia 25 de Abril.
https://youtu.be/0uSFs1cfg90
Adoptaste um título curioso para o teu novo single, já que não estás nada “Mal Acompanhado” no microfone. Como surgiu a ideia para este tema e que voto de confiança foi este que deste a MCs com menos “anos nisto” do que tu?
Ao fazer este tema não tive em conta o tempo de actividade de cada um. Escolhi alguns dos meus rappers favoritos do momento, pelo talento no mic assim como à inspiração que me transmitem. O tema surgiu da ideia que, por vezes, quando estamos sozinhos é que acabamos rodeados dos maiores males, e nada como um bom convívio e hip hop.
Que outras colaborações vamos poder escutar no Livre e Espontânea Vontade?
Vamos ter algumas surpresas mas não ficam para revelar já!
Gostava de destacar o beat: tem aquele toque soul/jazz típico teu, mas com um groove e pujança mais vincados. Explica-me qual foi o processo para chegares a este instrumental.
Não foi diferente do costume. Andava a passear nas rádios online e apanhei esse bocado, nem sei de onde é.
Tens procurado explorar novas vias na produção para este disco? És tu quem o produz na íntegra?
O disco tem metade de beats meus, uma grande parte do RichardBeats, do Flávio e do Romeu Rocha.
O videoclipe foi filmado na noite da comemoração do Alma & Perfil, no Titanic Sur Mer, certo? Como é que correu esse concerto e que feedback recebeste?
Correto. Foi uma noite de concretização do sonho que tive quando o fiz em 2009. Agradeço a todos que estiveram presentes e fizeram aquela noite inesquecível.
Já nos tinhas apontado para o dia 25 de Abril e confirmaste agora a data de edição do disco no lançamento do novo videoclipe. Porquê o Dia da Liberdade?
Desde cedo que, devido à minha história familiar, aprendi o que foi o dia 25 de Abril para Portugal e principalmente o que era antes disso. Se hoje podemos cantar, fazer rap e dizer o que dizemos, é porque um dia quiseram que tivéssemos a liberdade para o fazer. O álbum não é apenas um disco com consciencialização política e social mas também tem o meu cunho e vivência pessoal. Sai no Dia da Liberdade porque o fiz de livre e espontânea vontade e nada como uma data importante para nunca me esquecer.
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