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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/10/2020

Um dos monólitos da indústria tem a cara lavada para a nova década.

O que mudou na lista de 500 melhores álbuns de sempre para a Rolling Stone?

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/10/2020

A revista Rolling Stone pode ter refrescado a sua abordagem ao longo dos anos – hoje dividida entre a atualidade política e a música ocidental –, mas certos pilares nunca vão abaixo. É o caso da lista “The 500 Greatest Albums of All Time“, que compila as escolhas de artistas, jornalistas e profissionais da indústria relativas aos melhores discos de todos os tempos. Criado em 2003 e revisto em 2012, o índice é agora atualizado para 2020 com uma seleção mais representativa no que concerne a artistas negros e mulheres – a contrariar a antiga inclinação para o rock masculino e branco. Entre os mais de 300 votantes, estiveram A Boogie Wit Da Hoodie, Beyoncé e El-P dos Run The Jewels.

Em 2020, Marvin Gaye torna-se o primeiro artista negro a ocupar o pódio da Rolling Stone, com o manifesto político de What’s Going On? – enquanto Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles cai para 25º lugar. O top 10 inclui ainda o mítico Songs in the Key of Life de Stevie Wonder (com mais três presenças no ranking, incluindo Innervisions em 34º e Talking Book em 59º), Purple Rain de Prince (com o mesmo número de entradas de Wonder, incluindo Sign O’ The Times em 45º) e The Miseducation of Lauryn Hill.

Os boletins de voto de 2003 e 2012 foram deixados de lado, o que resultou na entrada de 154 álbuns, sendo 86 do século XXI. Ctrl de SZAMelodrama de Lorde, editados em 2017, são das adições mais recentes, ultrapassado pelo porto-riquenho Bad Bunny e o seu disco de 2018, X 100pre. Beyoncé marca uma dupla entrada no top 100, com Lemonade de 2016 (32º lugar) e o seu LP homónimo de 2013 (81º). Para além de Bad Bunny, o contingente latino é também reforçado, com entradas do porto-riquenho Daddy Yankee (Barrio Fino, álbum responsável pelo êxito “Gasolina”, em 473º lugar) ou Rosalía com El Mal Querer (em 315º lugar).



De acordo com a Consequence of Sound, a nova lista contém o triplo dos discos de hip hop em 2003, ano em que apenas os Public Enemy conseguiam entrar no top 50. Em 2020, Kendrick Lamar afixa três dos seus quatro longa-durações no quadro da Rolling Stone: To Pimp a Butterfly em 19º, good kid, m.A.A.d. city em 115º e DAMN. em 175º lugar. Já Kanye West consegue cinco dos seus nove discos a solo na tabela; o mais unânime, My Beautiful Dark Twisted Fantasy, reserva a 17ª posição na tabela. 

O top 100 tem ainda Public Enemy em 15º lugar, Wu-Tang Clan em 27º, A Tribe Called Quest em 43º, Nas em 44º, OutKast em 49º e 64º, Jay-Z em 50º e 67º, Eric B. e Rakim em 61º ou NWA em 70º. O jazz, género em íntima relação com o hip hop, surge por obras de Miles Davis (Kind of Blue em 31º ou Bitches Brew em 87º) ou Ornette Coleman (The Shape of Jazz to Come em 417º).

O top 50 conta apenas sete álbuns por mulheres e 24 por mulheres de cor.


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