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A Mushroom Hour Half Hour e a Total Refreshment Centre promoveram um intercâmbio musical entre compositores e instrumentistas do Reino Unido, Senegal, Nigéria e África do Sul e o resultado tem por título On Our Own Clock. O álbum vê a luz do dia a 3 de Setembro e já conta com dois avanços na rua.
Envolvidos neste projecto estão os britânicos Theon Cross (autor de Fyah e uma das peças centrais no som dos Sons of Kemet), Dan “Danalogue” Leavers (músico dos The Comet Is Coming), Alabaster dePlume (que no ano passado alinhou ao lado de Danalogue em I Was Not Sleeping e viu o seu “Visit Croatia” ser samplado por Bon Iver), Lex Blondin (fundador do Total Refreshment Centre) e Yahael Camara Onono (que fez parte dos Ill Considered e é agora frontman do colectivo Balimaya Project). A costela africana desta grande banda é representada pelos sul-africanos Nosisi Ngakane, Zoe Molelekwa, Tebogo Austebza Sedumedi, Grandmaster CAP, Mpumelelo Mcata e ainda Siya Makuzeni e Asher Gamedze (estes dois últimos ambos creditados no aclamado The Oracle, de Angel Bat Dawid); do lado do Senegal e da Nigéria surgem o tocador de kora Tarang Cissokho e o MC Damola Owolade, respectivamente.
Inicialmente, a ideia era ter conseguido reunir todos estes criativos na mesma sala de gravação. A pandemia obrigou as duas editoras envolvidas no plano a repensar a estratégia, que acabou por passar pela troca de ficheiros através dos canais que a era digital oferece. As sessões de captação decorreram, por isso, entre Joanesburgo, Londres e Dakar, com grande parte do material a ser registado durante o Verão de 2020. Quase um ano depois, On Our Own Clock prepara-se para ser um dos grandes discos a serem exclusivamente gerados em época de pandemia e isso reflecte-se no seu conteúdo, tendo até um triplo interlúdio intitulado “How to Make Art in a Pandemic”.
“Ngikhethile” e “Dune Dance” são, por enquanto, os únicos temas desse alinhamento já revelados. O disco vai ainda ser alvo de uma prensagem em vinil, que virá acompanhada de uma fanzine que documenta todo o processo de criação de On Our Own Clock. É esperado também um filme experimental conduzido pelos realizadores Nhlanhla Masondo e Tseliso Monaheng, que vai conter imagens de algumas das sessões de gravação, entrevistas e as inevitáveis trocas de impressões via Zoom.
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