pub
A Orfeu Negro editou recentemente aquela que é a primeira versão em português de Portugal para Black Music, importante manuscrito de Amiri Baraka em torno da cena free jazz da década de 60.
Música Negra chega aos domínios da língua lusa mais de 50 anos após a sua edição original, datada de 1966, numa impressão de quase 300 páginas nas quais moram a tradução levada a cabo por João Berhan bem como um prefácio assinado por Kalaf Epalanga e ilustrações de Francisco Vidal. Por lá, encontram-se reunidas uma série de ensaios, recensões, crónicas, entrevistas e considerações pessoais acerca dessa fase musicalmente mais livre do jazz americano, da qual brotaram nomes como John Coltrane, Thelonious Monk, Miles Davis, Ornette Coleman, Archie Shepp ou Sun Ra.
Nasceu como Everett Leroy Jones em Nova Jérsia, no ano de 1934, e mudou de nome em 1968, já depois de, no Harlem, ter fundado a Black Arts Repertory Theatre and School, um braço cultural para o movimento Black Power. Em quase 80 anos de vida, Amiri Baraka publicou vários livros de poesia, romance, ficção ou crítica musical, sendo Blues People, um estudo da cultura afro-americana através da evolução da estética da canção negra, o mais emblemático dos seus lançamentos.
pub