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A incansável e explosiva Linn da Quebrada traz-nos o seu primeiro inédito de 2019. Depois de uma conversa no CCB com Rui Miguel Abreu, director do Rimas e Batidas, no início do mês, brinda-nos agora com “fake dói”, um single que gravou e compôs na Cidade do México, produzido por Lao, fundador do NAAFI (colectivo que é figura de proa na cena undergroundlocal).
Depois do marcante disco Pajubá, que gerou cinco digressões internacionais, Linn continua a usar o seu trabalho para desafiar um mundo heteronormativo e inóspito. Desta vez, a artista questiona o amor como “experiência sagrada”, única no seu poder de validar o ser humano e, em simultâneo, instrumento de perpetuação de um “cistema” que marginaliza “corpos como o [seu]” — que “não são dignos dessa experiência”. Acrescenta: “O amor é cómico & fake dói”.
“Me senti muito à vontade no estúdio, era algo que eu já estava prospectando”, comenta Linn da Quebrada em relação a uma sessão em que, diz, se encontrou consigo mesma e pôde antecipar projectos futuros de Trava Línguas, duo que forma com BadSista, produtora de São Paulo. A capa do single e respectivo vídeo nascem da junção do trabalho do artista visual Ray Castelo e das intervenções 3D de Ronaldo Barros, sob o nome Pepapuke.
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Junho é um mês especial para a auto-proclamada “terrorista de género”, e não só pela edição de um novo single. Em conjunto com Jup do Bairro, a artista é a nova contratação do Canal Brasil, em que vai começar a apresentar TransMissão. O formato de debate descontraído sobre “género, sexo e raça” foi idealizado por Claudia Priscila e Kiko Goifman, depois de terem realizado Bixa Travesty — um documentário, centrado em Linn e a sua trupe, que foi ovacionado em diversos festivais de cinema, incluindo o QueerLisboa. Entre os convidados, estarão a cantora Gloria Groove e Fernando Haddad, candidato à Presidência da República nas eleições gerais do Brasil em 2018.
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