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Texto: ReB Team
Fotografia: gabidecerteza
Publicado a: 07/02/2024

O artista lançou também uma curta-metragem para ilustrar o tema “processionária”.

lagrimento, de ben yosei, é editado em cassete pela Biruta

Texto: ReB Team
Fotografia: gabidecerteza
Publicado a: 07/02/2024

A Birutaque recentemente celebrou 10 anos de vida — vai dar uma nova vida a lagrimento, álbum lançado por ben yosei no ano passado que agora merece uma reedição em cassete pela editora portuense. A peça pode ser adquirida no Bandcamp por 10 euros — ou 12 euros, num pack que inclui 3 velas com frases oracionais e uma pagela com escritos do autor, Rafael Trindade.

Depois de se dar a conhecer em 2020 com luz, ben yosei inscreveu em 2023 um novo capítulo na sua saga em torno da música devocional, evocando a ideia de oração através de um som minuciosamente esculpido sobre bases de electrónica experimental. Conan Osiris foi convidado único no LP que, segundo o seu criador, serviu como um “encarar do abismo, de tragédias pessoais, de dificuldades e de vicissitudes para neles (e a partir deles) edificar e construir melhor consigo mesmo e com os outros.” lagrimento é composto por 10 temas e o penúltimo, “processionária”, foi agora retratado numa curta-metragem filmada pelo próprio ben yosei e editada por frost.y. No âmbito do festival Rescaldo, ben yosei apresenta-se hoje ao vivo na SMUP, na Parede.

No final do ano passado, Miguel Rocha não quis deixar de prestar uma homenagem ao longa-duração editado originalmente em Maio através de uma crítica publicada no ReB:

“As canções de lagrimento existem porque são canções de resiliência. São como ben conseguiu fazer o seu mundo continuar apesar das dores, traumas e valências causadas pela sua “margem”. Pelo meio, pinta um local, uma vida, onde todos esses acontecimentos e sentimentos coexistem, mas sem nunca entrar numa onda nostálgica e romântica daquilo que é o “campo” idealizado. A sua “margem” é transformada na sua vida, a sua vida transformada na sua “margem” — uma não existe sem a outra. É com a sua obra que ben cristaliza a relação entre ambas. A sua devoção, afinal, é essa: uma de tentar encontrar um local, uma crença, um mito (talvez uma religião), que lhe oferecesse uma “estrada pra andar”, já cantava Jorge Palma nesse seu eterno clássico. Parece que ben encontrou isso. No final de lagrimento, quando a reza de “rosário” se faz ouvir, talvez nós também.”


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