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As vozes de L-ALI e Mirai cruzam-se em “PersPicasso”, um novo avanço rumo a Raramente Satisfeito, o próximo EP do rapper de Alfama, que sai pela Superbad no dia 19 de Março e que deverá merecer, para lá da já habitual distribuição digital, prensagem em vinil, a estreia do artista neste formato.
“A colaboração surgiu por eu estar a gravar o refrão e achar que a energia dele fazia sentido”, começou por explicar ao ReB o artista que, em 2018, vestiu novamente a camisola de COLÓNIA CALÚNIA para assinar o seu último projecto, LISTA DE REPRODUÇÃO. “Achei que os agudos dele iam casar bem com aquele beat. Enviei a faixa e perguntei o que achava da ideia. Não cheguei a estar com ele no processo, trabalhámos pela net por ainda estarmos em quarentena, mas foi muito orgânico, trocámos ideias muito rápido e assim que vimos que estávamos em sintonia foi fazer acontecer. A energia do Mirai é qualquer coisa… farto-me de rir com ele… tanto em posts como nas palavras que trocamos. Foi um prazer trabalhar com ele e se depender de mim surgirão mais coisas.”
Depois de “Ciclo“, a primeira faixa desta nova fornada a ser revelada, Lunn e Here’s Johnny voltam a auxiliar L-ALI na concepção do instrumental deste “PersPicasso”. O par recolhe diversos louros espalhados pelo alinhamento de Raramente Satisfeito, a quem se juntam também Holly Hood e Joah. Mirai é a única voz adicional registada no projecto.
Em comunicado da editora, o motivo para Hélder Sousa estar Raramente Satisfeito vem explicado nas palavras do próprio:
“Este trabalho tem seis faixas mas, para estas chegarem ao projecto, muitas mais ficaram pelo caminho. Ainda não estou satisfeito, mas acho que é isso que me faz voltar. A procura eterna de algo que faça sentido e que me surpreenda musicalmente como um próximo passo. Quis tirar o tapete ao que as pessoas esperam de mim e dar algo diferente do que já havia feito. Fi-lo com a intenção de superar essa expectativa e com objetivo fundamental de chegar ao dia em que não se saiba o que esperar de mim. Este projeto não rompe com o passado mas é apenas um capítulo de uma história que não pretende ser permanentemente igual. E o desafio é esse. É isso que me move. Cada música tem uma cor diferente e o ‘não fazer a mesma música duas vezes’ é uma marca bem presente no meu método de trabalho nos últimos anos, que acabou por estar bem vincado neste projecto.”
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