Alexandre Francisco Diaphra já foi Biru, BiruLex, BiruLexIcon mas agora assume a identidade AF Diaphra. Beatmaker, MC, poeta ou, como já lhe chamaram muitas vezes, edutainer (de educator e entertainer), Alexandre Francisco já trabalhou, entre outros, com Batida, Bulllet ou Nástio Mosquito e acaba de lançar o disco/livro/filme Diaphra’s Black Book of the Beats, um projecto ambicioso e multidisciplinar que revela o universo caleidoscópio de referências deste agitador nascido em Lisboa mas com raízes em Angola e Guiné Bissau.
AF Diaphra tornou-se conhecido na cena hip hop, à qual continua ligado de forma umbilical, mas as suas origens passam também pelo punk hardcore (não é por acaso que Diaphra lembra Biafra, de Jello Biafra , líder dos Dead Kennedys e também ele um homem de palavras pela vertente spoken word), rock, jazz e música africana. A selecção de discos que trouxe para esta conversa mostra bem como o seu espectro de interesses é abrangente e sem complexos (vai de Steve Miller Band a Super Mama Djombo). O mais extraordinário deste ISI Listening, no entanto, é o live act de pouco mais de 10 minutos que acontece logo no inicio.