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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 11/01/2023

Inclassificáveis.

GUME apresentam DOBRA ao vivo na SMUP esta sexta-feira

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 11/01/2023

Depois do concerto de apresentação de DOBRA no B.leza, em dezembro do ano passado, GUME regressam aos palcos com encontro marcado para dia 13 de janeiro, na SMUP Parede. Os bilhetes já estão à venda e custam 6 euros.

O coletivo, formado por Yaw Tembe (trompete e voz), Sebastião Bergman (bateria), André David (guitarra), Pedro Monteiro (contrabaixo) e David Menezes (percussão), voltou no final do ano passado às edições com DOBRA – com a participações de André Murraças e Francisco Menezes – numa continuação da narrativa a ser traçada desde o seu álbum de estreia Pedra Papel (2017), que casa a cultura urbana com tradições vindas de África, revisitando uma panóplia de formas tradicionais, que vão desde o maracatu brasileiro e rara haitiano ao rap norte-americano e jazz.

Apelidado por Rui Miguel Abreu como “um extraordinário momento na música que se produziu durante 2022 em Portugal, porventura até um dos seus melhores”, o mais recente LP da banda foi consagrado como um dos melhores álbuns nacionais desse ano, na lista elaborada pelos membros da equipa do Rimas e Batidas, em tom de concretização da profecia.

Na ausência da possibilidade de classificação exata relativamente a onde se posiciona esta banda no panorama musical português, RMA expõe uma reflexão sobre o assunto, na crítica realizada a este disco:

“Voltando à questão das tags, há uma que talvez seja a que melhor encaixa e menos questões levanta de todas as que foram listadas a propósito deste DOBRA: ‘Lisboa’. De facto, este álbum contém música que não poderia ter sido congeminada em nenhum outro lugar: a cidade gentrificada de que se fala tão inteligentemente na vibrante ‘Sap Sap’ – que se faz de ‘paisagens amargas, salgados oceanos, montanhas picantes, nuvens de algodão doce’ e onde ‘naves espaciais aterram turistas’ que ‘vestem falsas conquistas’ e que para cá vêm ‘saborear sem plantar’ – é talvez o mais óbvio ingrediente deste trabalho. E não deixa de ser significativo gesto com espessura política que o ensemble oculte, na única foto oficial que retrata o seu núcleo central de cinco unidades, as identidades dos seus membros por trás de muito curiosas máscaras que parecem, elas mesmas, reimaginações dos ritualísticos artefactos africanos que tanto inspiraram artistas na Europa, de Picasso a José e Guimarães, ou na América, como aconteceu com Basquiat. Nesta Lisboa, parecem então dizer, somos de todo o lado e de lado nenhum, de aqui e agora e de outros sítios sempre.”


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