A festa de abertura do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian é só para rijos. Nala Sinephro, Nídia e Tim Reaper dividem o cartaz do evento de entrada gratuita curado pela Filho Único, que acontece em Lisboa no dia 21 de Setembro.
Tudo começa às 20h30 com um concerto da irreverente nova mente do jazz que tem causado ondas a partir de Londres, Nala Sinephro, reequacionado os papeis da harpa e dos teclados para um contexto de exploração electrónica. Em 2021 estreou-se com um muito aplaudido Space 1.8, e logo pela Warp Records, selo britânico de renome que ainda este mês lhe voltou a selar o seu segundo projecto, Endlessness, onde o jazz espiritual e a ambient se fundem para criar um mantra sonoro recheado de detalhes.
A noite prossegue com dois sets que evocam batidas de diferentes estéticas. Primeiro é Nídia, um dos grandes diamantes da Príncipe Discos, que às 21h30 vai fazer ecoar no sistema de som a pulsação das ruas lisboetas, uma mixórdia rítmica que tanto bebe do kuduro como da club culture e que encontramos bem vincada no seu mais recente 95 MINDJERES. Quando o relógio marcar 23 horas, apresenta-se perante o público Tim Reaper, figura incontornável da cena jungle que tem contribuído para reactivação do género ao longo da última década e meia, ele que vai somando passagens por eventos espalhados pelo mundo inteiro como um verdadeiro embaixador dos breakbeats para ravers.