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O festival Tremor celebra uma década de existência na edição deste ano, que começa já a 28 de Março e dura cinco dias, na ilha de São Miguel, nos Açores.
O arranque da 10.ª edição dá-se na capital da ilha, em Ponta Delgada, com Owen Pallett — o experimentalista canadiano que editou Island em 2020 e assinou bandas sonoras como, a título de exemplo, Her (2013) — enquanto atracção principal a subir ao palco do Teatro Micaelense às 21h30. Já no segundo dia de festival, o destaque vai para King Kami: a DJ nascida no Brasil e sediada em Portugal — com quem falámos recentemente acerca da sua passagem pela segunda edição em Lisboa do festival Sónar (onde actua quatro dias depois) — fecha o programa das festas de dia 29, pelas 00h30, na zona das Portas do Mar, com um DJ Set expectavelmente funky.
Já no terceiro dia, a 30 de Março, as actuações acontecem na Ribeira Grande: quer da espanhola Marina Herlop com o seu ainda fresco Pripyat, alocada ao Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas pelas 21h30; dos vimaranense Unsafe Space Garden, que hão-de levar, seguramente, alguns dos mantras de Bro, You Got Something In Your Eye – A Guided Meditation ao Teatro Ribeiragrandense, às 22h30; ou do trio britânico Ill Considered, que apresenta o seu inortodoxo jazz no Mercado Municipal da Ribeira Grande pelas 23 horas.
De volta a Ponta Delgada, o quarto dia de festival e último do mês fecha com espectáculos de Avalanche Kaito — composto por um duo de produtores belgas e um griot do Burkina Faso —, com o homónimo álbum de estreia, editado em 2022, a merecer tempo de antena no Solar da Graça, pelas 22h15; dos multi-facetados ZA! & Perrate — dois catalães e um andaluz que vão do free-jazz ao flamenco, passando pelo rock e pelo reggae; ou da colombiana Lucrecia Dalt, com o ainda recente ¡Ay! em agenda.
No último dia do festival — e pode parecer mentira, mas não é —, Ponta Delgada recebe as disruptivas Divide and Dissolve, no Solar da Graça, às 18h30; Inês Malheiro a encarnar Deusa Náusea na Igreja do Colégio às 19 horas em ponto; Angel Bat Dawid, uma matriarca do jazz de Atlanta que na semana passada revelou Requiem For Jazz — e que deverá apresentá-lo no Coliseu Micaelense pelas 20 horas; a indomável Pongo — que sucede à multi-instrumentista norte-americana na mesma sala, mas pelas 22h45 — em celebração do primeiro aniversário de Sakidila, editado no dia 1 de Abril do ano passado; e, já para lá da meia-noite, ou os turcos Lalalar, que prometem embalar as Portas do Mar para as últimas actuações da 10.ª edição do Tremor em alta rotação.
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