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O Imaterial vai regressar a Évora para uma segunda edição e uma programação que se estende de 1 a 9 de Outubro.
Discípula de Sri Sanatan Das Baul, Parvathy Baul traz ao alentejo o som da sua ektara no dia 2, antes das Tarta Relena apresentarem as suas experiências electro-pop, que descrevem como canções de “folk arruinada” ou “gregoriano progressivo”. No dia 3, a cantora bretã Annie Ebrel terá ao seu lado o contrabaixista italiano Riccardo Del Fra, na celebração do álbum que criaram juntos há mais de duas décadas, Voulouz Loar / Velluto Di Luna.
As vozes de Donika Pecallari, Adrianna Thanou e Robert Tralo dão alma ao saze, uma tradição sónica descrita como o “blues albaniano”, e são os seus Saz’iso que surgem no programa para o dia 4. Com mais de uma dezena de discos editados nos últimos 30 anos, Amélia Muge é um dos maiores segredos da canção portuguesa e leva o seu novo Amélias ao Imortal no dia 5. Natch Eugénio Costa Santos conta histórias de uma vida passada nas ruas do Mindelo e faz com que a morna e a coladeira aconteçam em palco, dia 6. Representados em Évora estarão também os ritmos do coco, o maracatu, o frevo, o maxixe e a ciranda pela voz de Lia de Itamaracá, que traz na bagagem composições suas e alguns clássicos da MPB.
O cante alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO desde 2014, volta a estar em destaque no cartaz, através de um debate — Estado Geral do Cante em 2022 vai juntar Paulo Lima, Francisco Torrão e José Guerreiro. Ainda no capítulo das conferências, Ian Brennan fala do contínuo apartheid na música internacional ou do colonialismo e racismo nos mass media. No que toca a documentários, a estreia de All mighty Mama Djombo mostra a viagem de um dos mais lendários músicos de Guiné-Bissau.
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