pub
Se é da Biruta Records, o melhor é estarmos bem atentos. O último disco editado pelo selo portuense pertence a zé menos, o recomendável o chão do parque, e antes desse tinham saído KSX2016 e 4400 OG, mas agora avizinha-se outro lançamento de uma dupla até aqui desconhecida de todos. Em duo, a vianense Carolina Viana e a portuense Joana Rodrigues assinam como redoma, projecto que fincará o pé com o EP parte no dia 18 de Março — antes, e em estreia no Rimas e Batidas, dois dos temas (em versão live) antecipam o que aí vem.
As artistas conheceram-se na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) em 2017. Três anos depois, o grupo começou a ganhar forma durante a primeira quarentena, em 2020, tornando-se oficialmente nisso no Verão de 2021. A nível individual, Carolina (letras e voz) e Joana (produção) estudaram desde cedo música: a primeira dedicou-se intensamente ao violoncelo — tendo até dado continuação a esse estudo no Ensino Superior; a segunda foi para a guitarra clássica, mas acabou por, na licenciatura, seguir para Produção e Tecnologias da Música.
Para o seu curta-duração de estreia, a dupla convocou os serviços de Zé Poças (a assinatura enquanto engenheiro de som de zé menos) para a gravação, mistura e masterização, sentindo-se aqui e ali algumas afinidades estéticas entre os sons de ambos — a poesia existencialista e uma certa inquietação faz essa ligação.
Em comunicado, Diana Gil, responsável pelo design gráfico deste projecto, abre uma janela para o primeiro projecto de Viana e Rodrigues: “parte é um encontro. talvez plural. não nasce de um conceito, é um espaço para explorar. ainda é. parte surge de uma ideia de contemplar, refletir, sentir. as palavras ecoam tanto quanto o tamanho da sala. viver pelos olhos, descrever um dia. o som é reflexão sobre uma corda. será? ouvem-se os segredos entre as paredes e as folhas, encontra-se uma fissura”.
pub