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Emicida convidou Gilberto Gil para o ajudar em “É Tudo Pra Ontem”, o tema-título do seu documentário para a Netflix, que estreou na semana passada.
“Viver é partir, voltar e repartir”. Na sua nova faixa, o rapper entra em comunhão com uma das lendas da música popular brasileira. “É Tudo Pra Ontem” é uma extensão do documentário em torno de AmarElo, peça que levou até à Netflix uma profunda reflexão sobre a história e cultura negra do Brasil. Na canção, Gilberto Gil recupera um trecho de A Vida Não é Útil, um compêndio de “ideias para salvar a humanidade” assinado pelo autor e líder indígena Ailton Krenak, a personalidade do seu país mais admirada por Emicida, que sugere “uma metáfora a respeito de como estamos a destruir o nosso planeta, sendo que somos filhos da natureza e não donos dela”, conforme é explicado em comunicado.
Na mesma missiva, o MC de São Paulo fala sobre a escolha de todos estes elementos para compor o seu mais recente single: “O Gilberto Gil tem uma aura espiritual muito forte, de divindade. A sabedoria com a qual ele analisa a experiência humana é algo que sempre me enriqueceu. Já o texto do Krenak é genial, bonito, ancestral, poético, profundo e filosófico. Observando a atmosfera da música, entendi que uma pessoa como o Gilberto Gil colocaria – na sua interpretação – a beleza necessária para o texto. Eu costurei as duas pontes para que essas figuras maravilhosas se encontrassem e compartilhassem com o mundo essa história com a grandiosidade que ela precisa ter.”
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