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Cinco anos depois do lançamento do álbum Black Messiah, D’Angelo mostra-se em formato documental pela lente da holandesa Carine Biljsma. Devil’s Pie, que estreou este fim-de-semana no Tribeca Film Festival, tem agora o seu primeiro trailer revelado.
“D’Angelo tinha tudo: dois álbuns de platina, uma digressão mundial esgotada e um corpo esculpido até à perfeição”, pode ler-se no resumo do documentário ainda sem previsão de lançamento oficial em Portugal. “Contudo, um dia, no auge da sua carreira, em 2000, o cantor soul desapareceu. Durante 12 anos, desceu até à escuridão. Do nada, em Dezembro de 2014, o seu terceiro disco Black Messiah foi subitamente lançado: banda sonora dos anos perdidos.”
Incluindo entrevistas e imagens arquivadas, Devil’s Pie foi rodado ao longo dos dois anos em que D’Angelo fez estrada com Black Messiah. O título pede emprestado um dos singles que promoveu o mítico segundo disco do ícone da neo-soul, Voodoo: “Devil’s Pie” é recordada na The Fader como uma “visão distópica de um mundo capitalista”, mas é também sobre sacrifícios e recompensas numa cena musical materialista. Foram os primeiros — esforços físicos, de definição abdominal — que alimentaram o momento áureo da carreira de D’Angelo, iniciada em 1993: são ilustrativas as histórias sobre os concertos da tour de Voodoo, autênticos serões de luxo que eram interrompidos por gritos imberbes e aficionados de um D’Angelo nu, esculpido — à imagem do icónico teledisco para “Untitled (How Does It Feel?)”.
No início de 2019, D’Angelo presenteou-nos com o aguardado lançamento de “Unshaken”, tema para a banda sonora de Red Dead Redemption 2. Este foi mais um passo na direcção certa, contrariamente ao que se esperava ser a sua grande tour de regresso: a D’Tour, com forte pegada europeia, foi cancelada devido a motivos de saúde.
E, actualmente, como está o conturbado mestre? A realizadora ajuda a perceber como: “Ele está a sair-se muito bem, e está muito entusiasmado. Esteve no estúdio durante as últimas semanas. Ele tem grandes planos para o futuro, portanto definitivamente iremos ver mais dele.”
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