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Oblivion, o novo álbum de Desidério Lázaro, tem edição prevista para Setembro e a canção “Morning Hum” é o seu primeiro avanço. À excepção de Mimi Froes, que leva créditos em “Eclipse”, todas as faixas são compostas pelo saxofonista algarvio.
Neste seu nono longa-duração que conclui uma tetralogia que inclui Samsara (2012), Moving (2018) e Homegrown (2019), o músico conta com os préstimos de Ricardo Pinheiro (na guitarra), Cícero Lee (no baixo) e Carlos Miguel (na bateria) — os instrumentistas também o acompanharão nos três dias (17, 18 e 19 de Fevereiro) em que ocupará o Hot Clube de Portugal, em Lisboa, datas em que comemorará 12 anos da edição do seu disco de estreia, Rotina Permanente e fará a pré-estreia daquele que irá sair na recta final de 2022.
No ano passado, Lázaro lançou, a meias com Daniel Bernardes, Stillness in Time. Numa crítica publicada na jazz.pt, Rui Eduardo Paes escrevia:
“Há qualquer coisa neste disco, como seria inevitável, do baladismo do jazz, e nesse particular nunca Desidério Lázaro terá estado tão próximo de um Ben Webster. Um Webster mais doce e melancólico, mais ‘europeu’, e sem dúvida que mais romântico, chegando por vezes a um nível de pungência que sabe não ser excessivamente açucarado, com o contrabalanço de alguma acidez. As peças vão-se sucedendo como ‘pensamentos trémulos que deambulam pela expectativa por dias diferentes, melhores, normais’ e têm uma dimensão cinematográfica, se bem que preferindo atmosferas de mistério a descrições deterministas: somos nós que imaginamos as cenas no cinema que temos entre os ouvidos, segundo as formas como vivemos individualmente a reclusão obrigada pela pandemia.”
Recentemente, o artista colocou o seu talento ao serviço de outros em “Soma“, faixa-título do EP de estreia do trio Yawn Society, editado na passada sexta-feira.
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