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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 09/09/2024

Música e networking na recta final.

Cu.Co.’24 — Dia 5: final feliz com Stereossauro

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 09/09/2024

Tudo está bem quando acaba bem. Foram quatro dias de correria pelo Cu.Co.: Encontro de Jornalismo Cultural de Coimbra, que nos permitiram visitar e conhecer mais aprofundadamente alguns dos seus principais alicerces artísticos, mas não só — a sua gastronomia e ruas históricas também fizeram parte do cardápio. Quem podia, eventualmente, pensar que esta é uma cidade “morta”, facilmente concluiu o inverso depois de tomar o pulso ao seu tecido cultural — desde as pessoas que fazem acontecer aos espaços físicos que contribuem para a sua criação e divulgação.

Salão Brazil, Jazz ao Centro Clube, Teatro Académico Gil Vicente, Rádio Universidade de Coimbra, Blue House, Marionet, Roda o Centro… Há, de facto, muito a borbulhar pela emblemática cidade dos estudantes, movimentos artísticos que vão conquistanto as gentes locais e que urgem em ascender a um lugar de mediatismo mais nacional, algo para o qual o Cu.Co. veio certamente contribuir, ao colocar vários jornalistas de diferentes órgãos de comunicação cara a cara com quem tanto tem carregado a tocha, estabelecendo importantes pontes para que as suas manifestações culturais possam ecoar também noutros cantos do país. Olhando pelo retrovisor, crê-se que a missão foi bem conseguida, já que fomentou a criação de novas ligações e fez com que todos regressassem a casa com uma lista de contactos mais enriquecida — e de alma bem mais cheia, diga-se também, pela simpatia de todos os envolvidos e pela calorosa hospitalidade com que fomos recebidos em cada novo lugar.

O derradeiro dia do Cu.Co. serviu, acima de tudo, para reflectir e fortalecer os laços na hora da despedida. O bloco de programação foi o mais curto de todos, mas foi também aquele que reuniu mais pessoas num mesmo espaço. O local escolhido para o encontro foi o Convento São Francisco, onde os profissionais dos media tiveram uma última oportunidade de trocar impressões com os agentes culturais conimbricenses. A partir das 16 horas e num dia bem solarengo (8 de Setembro), a varanda do Convento foi o sítio perfeito para mais uma oportunidade de networking na companhia de diferentes tipos de bebidas e finger food.

A música acompanhou-nos sempre ao longo deste pedaço de final de tarde. Primeiro no formato de DJ set: Pedro Dias de Almeida, editor de cultura da revista Visão, assumiu os decks com a sua colectânea de CDs nos quais residem originais e covers da lenda do cancioneiro francês Serge Gainsbourg, promovendo a banda sonora ideal para o convívio.

Depois veio uma outra lenda, desta vez em carne e osso: o veterano DJ e produtor Stereossauro. campeão do mundo por duas vezes ao lado de DJ Ride nos Beatbombers nos IDA World DJ Championships, brindou-nos com a sua visão pioneira da fusão entre hip hop, electrónica e fado, uma das primeiras peças do moderno puzzle cultural nacional. Entre discos como Bairro da Ponte e +351, Tiago Norte montou batidas mesmo à nossa frente recorrendo a gira-discos, pads e mesa de mistura, tendo ainda contado com a participação do seu habitual colaborador Ricardo Gordo (guitarra portuguesa) em alguns dos temas. Houve espaço para escutarmos algumas das suas histórias entre faixas e, claro, para testemunhar uma vez mais esse grande farol sonoro que foi a sua remistura para “Verdes Anos”, do eterno Carlos Paredes.


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