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Estão marcados os primeiros concertos de Bruno Berle no nosso país. Dias 14 e 16 de Dezembro, o cantautor brasileiro actua a solo na VALSA (Lisboa) e no NICE (Esposende), respectivamente.
“Faço a música brasileira do meu tempo.” É desta forma que Bruno Berle descreve a sua arte numa recente entrevista à Popload. A definição pode parecer vaga, mas há uma equação que a ajuda a explicar de forma mais explícita. Aproveitando as cores e o calor típicos da bossa nova, o cantautor e multi-instrumentista de Alagoa explora conceitos da canção pop através de processos modernos e feitos de forma caseira, longe dos grandes estúdios e com recurso a equipamentos modestos, tratando o seu som como uma manta de retalhos em jeito lo-fi e com algumas batidas pelo meio, embora a voz e o violão sejam os principais protagonistas das novelas sonoras que assina.
Ao longo da última década, Berle fez parte da banda Troco em Bala e colaborou com outros nomes da actual e irreverente cena brasileira, com Ana Frango Elétrico, Dora Morelenbaum, Bebé e Bala Desejo à cabeça. 2022 foi o ano em que se estreou com um disco em nome próprio, guiando-nos por uma viagem No Reino Dos Afetos, trabalho que teve batata boy na co-produção e do qual se destacam temas como “O Nome Do Meu Amor”, “Até Meu Violão” ou “Quero Dizer”. O lançamento ocorreu através da Far Out Recordings, editora sediada em Londres e especializada em música canarinha, detentora de um catálogo que compreende obras de Amaro Freitas, Azymuth ou Marcos Valle. No passado mês de Novembro, fez brotar flores de corações alheios com o solarengo single “Tirolirole”.
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