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Publicado a: 04/06/2016

Boiler Room Lisboa: a borbulhante cena da electrónica luso-africana

Publicado a: 04/06/2016

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Os conceituados eventos do Boiler Room regressaram na quinta-feira em força a Lisboa com uma selecção de artistas representativa da música electrónica luso-africana que já vem sendo seguida com atenção pela organização e pela comunidade internacional – exemplos práticos: no dia seguinte a este evento da Boiler Room, a Resident Advisor organizou uma festa no Lux com quatro DJs da Príncipe Discos e hoje mesmo, sábado, DJ Marfox será uma das principais atracções do Festival Les Plages Eletroniques que tem lugar na Caparica. É uma tendência marcante, não há volta a dar. No Boiler Room houve ainda espaço para sets de artistas estrangeiros, como os peruanos Dengue Dengue Dengue (grandes referências para os Throes + The Shine, por exemplo), ou o brasileiro DJ Marky, um “pormenor” que só sublinha a condição global da batida de Lisboa.

O Mercado de Santa Clara, na zona da Graça, deixou-se encher de fãs dedicados e curiosos, portugueses e estrangeiros. Os notórios grandes cabeças de cartaz foram os Buraka Som Sistema – que actuaram em formato DJ set -, grupo de aparições cada vez mais raras e valiosas dado o anunciado hiato por tempo indefinido que chegará rapidamente dentro de um mês com um Globaile que promete ficar para a história. Como em todos os eventos do Boiler Room, os artistas estiveram rodeados pelo público, de forma intimista e profundamente calorosa, tal como os ritmos africanos e electrónicos que saíam das colunas deste espectáculo vibrante.

DJ Marky levou-nos às batidas mais aceleradas da festa, com habilidades de scratch pelo meio; e os Dengue Dengue Dengue mergulharam todos os presentes num delicioso transe hipnótico de batidas e melodias tropicais. Batida, com Pedro Coquenão aos comandos, evidenciou, como sempre, a vertente activista, com as caras dos prisioneiros políticos de Angola a serem exibidas em cartazes por pessoas no palco e com a mensagem a ser carregada por música diversa e animada que gerou agitação entre os dançarinos que abriram a noite no Mercado de Santa Clara.

Por entre tudo isto, os rapazes da cada vez mais reputada Príncipe Discos agitaram a festa com aquele que é reconhecido como o som de Lisboa, o ghetto sound da capital portuguesa que chega cada vez mais longe e abre novos horizontes à electrónica nacional. A alternativa da batida esteve representada pelos jovens prodígio Maboku, Lilocox e Firmeza, e pelo pioneiro e impulsionador da cena, DJ Nervoso.


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