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No início do passado mês de Agosto chegou ao Supremo Tribunal do Bronx um processo contra Afrika Bambaataa, no qual o pioneiro do hip hop é acusado de traficar e ter relações sexuais com um menor durante um período de quatro anos.
O caso foi noticiado recentemente pelo Metropolis e rapidamente se espalhou por grande parte das publicações dedicadas à música e não só. A vítima, que para já se mantém no anonimato, acusa o fundador da Zulu Nation e dos Soulsonic Force de agressão sexual, agressão cível, imposição intencional de sofrimento emocional, imposição negligente de sofrimento emocional e negligência grosseira. O autor de “Planet Rock” terá agora de apresentar a sua versão dos factos ao tribunal.
Esta é a primeira vez que Bambaataa, cujo verdadeiro nome é Lance Taylor, vai ter de responder à justiça num processo deste cariz, cuja poeira começou a levantar há cinco anos. Na altura, vários homens apontaram o dedo ao artista e revelaram terem sido vítimas dos mesmos abusos, levando a crer que esta era uma prática normal dentro do seio da Zulu Nation. Poucos meses depois, o rapper e produtor renunciou ao cargo de líder da organização, com esta a desmarcar-se por completo das das histórias que estavam a surgir em diversos canais dos media.
Leila Wills, autora da peça publicada no Metropolis, tem acompanhado o caso de perto e pinta-nos agora um quadro daquilo que se passava no número 1609 da East 174th Street, a casa onde Bambaataa vivia com Billy “Amid” Henderson e que funcionava também como quartel-general da Zulu Nation. Nos últimos anos, a jornalista tem entrevistado várias vítimas para uma série documental que estreou este ano — Zulu Nation: Hip Hop’s First Gay Family foi para o ar em Junho e já conta com 31 dos 40 episódios em exposição para o YouTube.
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