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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 09/04/2024

Mestria ao piano em Barcelos.

Zoe Rahman passa pelo Theatro Gil Vicente em Maio

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 09/04/2024

O Theatro Gil Vicente, em Barcelos, prepara-se para receber Zoe Rahman para um concerto marcado para as 22 horas do dia 9 de Maio que se insere no ciclo Jazz ao Largo. Os bilhetes custam 3 euros.

Com mais de duas décadas de carreira e dona de uma apuradíssima técnica ao piano, artista inglesa é a irmã mais velha de Idris Rahman, saxofonista que milita nos Ill Considered e com quem chegou a colaborar em alguns trabalhos, como Where Rivers Meet ou Tangled Roots. A solo, a também compositora tem vindo a alimentar a sua própria etiqueta discográfica, a Manushi Records, com o lançamento de vários álbuns, entre eles Kindred Spirits (2011), Dreamland (2016) e o mais recente Colour of Sound (2023).

Admirada pela crítica especializada — o The Observer chega mesmo a apelidá-la como “uma pianista notável em qualquer padrão” —, Zoe Rahman passou pelas páginas do Rimas e Batidas em Junho do ano passado, quando João Morado a viu em modo octeto na apresentação do seu último registo, Colour of Sound. Nessa reportagem ao concerto no Turner Sims, em Southampton, Morado falava da substância de que é feita a música desta dotada pianista:

“Mas à medida que o concerto avançava, apercebíamo-nos, no entanto, que o título do álbum é um claro oxímoro, pois a matéria aural deste trabalho revelava-se profundamente mais substancial do que mero revestimento cromático. É antes música que flui através de dinâmicas desafiantes e inesperadas: quando sentimos que a agarrámos, já das nossas mãos se escapou. Trata-se, pois, de matéria fluida com propriedades reológicas singulares. Subjacente à aparente consonância e melifluidade das melodias, encontra-se uma tensão diastólica que preenche os ventrículos dos espaços harmónicos, estendendo-os ao limite da sua plasticidade. As resoluções, essas, surgem como pontos de inflexão que apontam para dimensões de entendimento. Um par de compassos bastam para uma contração calculada de regresso a cambiantes familiares. O octeto então converge: Zoe, Alec e Gene dão-nos a matriz-base da passagem, e os sopros unem-se para lhe dar verticalidade. Agarramos a música novamente. Quando nos apercebermos, esta voltou a escapar-nos. Surgem novas texturas, novos caminhos, novos lugares; um universo diferente do anterior, um novo solo, novos estímulos. Concentrados pelo desafio da proposta, fechamos os olhos e deixamo-nos levar.”


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