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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 25/11/2024

Um EP a meias com Pedra.

Wugori sobre Raio de Luz: “É um reacordar esperançoso de um Frankenstein traumatizado”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 25/11/2024

Alguns meses depois de ShuttleWorm, um EP que o levou a explorar sonoridades electrónicas enquanto produtor, Wugori regressou ao rap no passado sábado, 23 de Novembro, com o EP Raio de Luz, construído a meias com Pedra, o autor dos instrumentais.

Sobre ambiências jazzy e soul, Wugori faz um disco muito ao seu estilo, um registo que já o tornou um marco no panorama underground nacional. Como forma de assinalar o lançamento, o Rimas e Batidas colocou algumas perguntas ao rapper.



Como é que se juntaram e tiveram a ideia de fazer este EP conjunto?

Se me lembro bem, foi pouco depois de ter lançado o WUGOZI. Eu e o Pedra seguimos-nos um ao outro no Instagram e ele mandou-me uns beats para ver se saía algo. Eram todos super jazzy, bué suaves, acho que se nota bem a sonoridade dele em cada som e, pronto, umas semanas depois já tinha gravado a primeira música.
 Depois disso, um levou ao outro e foi-se criando o projecto.

Como foi o processo criativo? Primeiro nasceram os instrumentais e depois as letras?

Os instrumentais vieram todos primeiro, é quase um ritual que já vem desde o Mal Passado Bem Passado, desde que comecei a colaborar com a malta. Curto que cada beat fale comigo para me poder adaptar a ele. Às vezes vêm palavras à cabeça, outras vezes o flow e vai-se construindo à volta. Neste projecto, desde os drums aos pianos e ambientes jazzy do Pedra, todos fazem com que exista pouca resistência ao meu processo criativo, parece que já contam uma história por si só. 10/10 recomendo. 

Existe algum conceito inerente a este Raio de Luz que faça sentido explicar? 

A expressão Raio de Luz veio de uma certa esperança que sentia a aparecer na minha vida na altura em que escrevi o projecto. Contudo, esta era normalmente seguida de um “raios te parta”, ao lembrar-me das tempestades passadas. Sinto que o EP acabou por se tornar numa réplica desse movimento, “graças a deus que estou cá fora”, seguido de “como é que saí dali”. Diria que é um reacordar esperançoso de um Frankenstein traumatizado nos beats mais sólidos de sempre.


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