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Fotografia: Sebastião Santana
Publicado a: 26/06/2023

10 anos de rimas que conquistaram adeptos no mundo inteiro.

Wiki: “Chegar cá e sentir tanto amor e carinho acende uma chama, percebes?”

Fotografia: Sebastião Santana
Publicado a: 26/06/2023

Ajudou a servir Cold Cuts e One More em 2022 e, mais recentemente, voltou aos trabalhos a solo de forma discreta com Papiseed Street VOL​.​1, um conjunto de seis faixas editado exclusivamente no Bandcamp e SoundCloud. Entretanto, Lisboa foi a primeira paragem da mais recente tour europeia de Wiki, que tem também Papo2oo4, Subjxct 5, Jadasea e Laron como parte da “família” que leva consigo na estrada até julho. Após a apoteose no palco do aquário da Galeria Zé dos Bois, no início de junho, o Rimas e Batidas sentou-se com o prodigioso rapper nova-iorquino para uma conversa sobre, entre outras coisas, o hip-hop, a relação entre o artista e o fã, o binómio ego/realidade e o privilégio de ter silêncio e tempo.



Voltas à Europa depois de praticamente um ano. Bem, estiveste em Londres, não sei se ainda conta como Europa – mas conta, conta…

Honestamente e pessoalmente, tenho estado no Reino Unido, mas não tenho estado no resto da Europa há algum tempo. Eu costumava vir à Europa bués vezes, eu estava por cá quando a pandemia de COVID começou. Eu estava em França no dia que tudo fechou. E depois fomos para a próxima cidade, tudo fechado, cidade seguinte, tudo fechado, e depois acabámos por ir para casa. Mas ya, eu estava cá quando isso começou, mas não voltei à Europa “a sério”. É isso que eu lhe chamo, Europa “a sério.” Porque tipo, UK: vocês fizeram a cama onde se deitam. Esse Brexit correu mal, já não são Europa “a sério”, são Europa tecnicamente, mas não “a sério”. Eu adoro os ingleses, mas eles brincaram demasiado com coisas sérias. E eles também te diriam isso, os meus homies estão tipo, “nós fizemos merda”. Epá, desculpa, entrei numa tangente mesmo à toa [risos]. Continua, continua.

Como é a tua relação com os fãs europeus, e como é que tem mudado ao longo dos anos? Como achas que tem evoluído?

Não sei, estou bastante curioso para sentir isso. Este foi o primeiro concerto da tour, e tivemos aqui muitos fãs velhos que estão a voltar, pessoal que nunca me viu antes, ou fãs antigos que estão hyped para me ver porque “hey, tu estiveste cá uma vez.” Isso torna-nos hyped para tocar. Por isso foi bastante entusiasmante para mim. Porque o pessoal tem que perceber que eu também sou um ser humano, entendes? Eu tenho estado deprimido, eu tenho passado pelas mesmas merdas que toda a gente passa. Não sou especial. Ando a fazer isto há 10 anos e estou a tocar para, tipo, 100 pessoas. Não somos milionários. Não estamos necessariamente no struggle, mas estamos a viver. Percebes? Portanto sentir o amor do público logo no primeiro dia da tour, vocês fizeram-me o ano, acho que ninguém consegue perceber isso. Ando a passar algumas dificuldades na minha vida, e são dificuldades que não gosto muito de falar, são pessoais, é o meu cérebro… Mas, tipo, eu ’tou fixe, entendes? Claro que há problemas financeiros, todas essas coisas, mas geralmente, comparando a muitas pessoas no mundo, sinto-me extremamente abençoado. Portanto até estou bastante feliz, mas tens sempre aquelas coisas mentais em que te sentes abatido, ficas isolado, deprimido, não consegues explicá-las, não consegues falar com pessoas sobre elas porque não queres que sintam pena de ti, e eu não quero fazer uma “pity party”, mas passamos todos por merda. Portanto este concerto levantou-me mesmo o espírito.

Isso leva-me um bocadinho à próxima pergunta que te queria fazer. Qual é a tua opinião sobre estas tours? Gostas, achas o viajar constante um fardo, ou estar em palco compensa tudo?

É mesmo louco porque tenho tido várias opiniões. Eu costumava achar fazer tours tão stressantes, e acabava por não as fazer, mesmo gostando de as fazer. Agora, sinceramente, estou a amar, e é engraçado e estranho — é como se tivesse reencontrado esse amor totalmente. Sinto que é a forma mais pura agora. Finalmente sinto isso. Passei por um período em que fiz tanta música… O ano passado estava tipo “fiz tanta música, tenho imensas malhas para saírem para o ano, boom, boom, boom”. E, mais recentemente, tenho estado num marasmo criativo, mas isto é a minha via. Não interessa se estou bloqueado, eu tenho confiança que vou entrar no palco e ser criativo, exprimir-me artisticamente, e eu adoro isso profundamente. Viajar constantemente é uma seca, blá blá blá, sim, mas estar em cima de um palco é que faz tudo valer a pena. Ando a aperceber-me mais e mais disso, e acho que é interessante. Tens esta trajetória em que estás nos teus vinte anos, e “vou fazer tudo e andar por aí”, e ultimamente, quando estava em Nova Iorque, estava a stressar. Tipo, tenho quase 30 anos. Estou quase a fazer 30 anos. Ando a fazer isto há 10 anos. O que é que eu ando a a fazer? Quem é que quer saber? E depois vens a Lisboa, Portugal, que é tipo — Lisboa! Claro que é uma cidade grande, mas eu não tenho expetativas, percebes? É a um oceano de distância, não consigo visualizar ou prever, não é como Londres, ou Los Angeles, sítios onde eu sei que tenho pessoal. Portanto, chegar cá e sentir tanto amor e carinho acende uma chama, percebes? Estamos cá, chegámos cá, estamos presentes, até em Lisboa. 

Que bonito. Achas que isso é porque sentes mais a conexão com as pessoas que ouvem a tua música, ou com pessoas em geral, com o passar dos anos?

Acho que sou eu a perceber o que é importante à medida que envelheço. Eu costumava preocupar-me com toda estas tretas, mas o amor de uma audiência de uma cidade em que nunca estiveste, ou onde estiveste uma vez, isso é que conta. Sinto que tenho um impacto, mundialmente. Não quero saber se sou underground e ninguém me conheça. Se vou a qualquer lado no planeta, se há um filho da puta que me aborde e diga “yo, Wik!”, é isso que importa. Se houver cinco pessoas num concerto, eu fico tipo, “foda-se, que louco.” Eu acho que a minha música é muito pessoal, mesmo muito. Portanto, qualquer pessoa – essas 5 pessoas que amam a minha música, onde quer que seja, eles conhecem-me, eles entendem-me, eles percebem-me. É aí que eu tenho a minha terapia. É aí que eu faço isso tudo. Na minha música.

Pegando nessa ideia de envelhecer e perceber o que é importante para ti: já são muitos anos, como tu disseste, já lá vão 10, com muitos discos, muita música, muitas colaborações, muitas pessoas à tua volta. Como é que te vês como artista neste ponto da tua carreira, depois disto tudo? Onde é que estás mentalmente em relação às tuas rimas, às tuas batidas, à tua arte em geral?

De momento… Como é que eu me vejo como artista? Vejo-me como um MC, como um poeta às vezes, como um vocalista. Há uma grande parte de mim que sente que o mundo está num sítio em que toda a gente consegue fazer tudo tão bem, portanto essa parte quer começar a fazer as minhas próprias batidas. Mas isso é uma conquista. E eu já fiz os meus próprios beats aqui e ali, mas é uma façanha. Tive ajuda depois a construir tudo e a limar arestas. Há alguma coisa muito atraente nessa ideia de ser tão independente dessa maneira, e de conseguir realmente expressar o som que eu quero e que eu quero ouvir – porque aí estou convencido que conseguia rappar em cima de qualquer coisa. Dêem-me o que quiserem, eu rappo em drill, eu rappo em hip hop old school, não quero saber. Por causa disso, e com todos os produtores à minha volta, consegue ficar um bocadinho frenético. Ao mesmo tempo, parte disto tudo também é uma coisa de ego, tipo: “Porque é que eu tenho de fazer isto quando toda a gente no mundo consegue fazê-lo?” É porque eu quero fazê-lo. É por isso.

E isso é suficiente, certo?

Sim, mas ao mesmo tempo eu vou deixar isso acontecer. Não quero que isso retire o ser um artista completo – às vezes o pessoal não acha que sou um “artista completo”. Tipo, tu vais ao dentista, e perguntam-te “então, o que é que tu fazes”. E eu digo que sou um artista. “E que tipo de arte?” “Sou um vocalista.” “De que tipo de música”. E eu tipo, eu rappo. Percebes? É tipo, eu “só” rappo. Por acaso isto é interessante – sabes quem é o Akai Solo?

Sim, claro. Já fez cenas com o MAVI e com o Earl, certo?

Exato, exato, pessoal rijo. Meus homies. Ele estava a dizer algo como “isto tudo é fixe, sê criativo, blá blá blá, mas nunca deixes de ser um MC. Dá para ser só um MC.” Entendes? Não tem de ser “eu sou isto e aquilo, e faço isto.” Eu posso ser só um MC e isso é o meu skill. Isso é uma arte. Isso fez-me sentir melhor. Fiquei tipo… “Yo!” Mas ao mesmo tempo, quero descortinar tudo, quero trabalhar com pessoas, quero ser inclusivo com tudo. Mas é muito difícil quando não tens tempo. Os anos da pandemia – eu tenho uma certa saudade desse tempo. Do espaço que havia. Nos Estados Unidos, deram-nos um gostinho de comunismo, andaram a dar-nos dinheiro de graça. Estavamos a receber tipo 600 dólares por semana, andávamos a viver. Estávamos a comer, a cozinhar, não tínhamos mais nada a fazer. E foderam-se bem, agora o pessoal está todo chateado. O pessoal agora está tipo: “Vocês andaram a dar-nos de comer! Vocês podem fazer isto?!” Fez-nos aperceber disso outra vez. “Se precisasses de o fazer, vocês podiam fazer isto! Porque é que não o estão a fazer? Tipo, que caralho?!”

Eu acho que o COVID também causou muito silêncio na vida de muita gente.

Absolutamente. Tipo, o que é que é importante para mim?

Silêncio e tempo, como falaste há pouco.

Exato, tipo, eu senti-me tipo [suspiro de alívio]. Não quero ser mal-entendido, o COVID foi muito difícil, não quero dizer que foi uma época fácil, ou que foi falso, sou muito sensível em relação a isso e a quem sofreu. No entanto, para mim, como jovem, com 26/27 anos, eu precisava de um período assim. Sentia-me e sinto-me terrível por toda a gente, pelos jovens que estavam no liceu – quando eu estava no liceu, eu andava nas ruas. Durante o liceu inteiro. 

Perguntei-me se eu estivesse por Nova Iorque, nessa altura, como é que seria. O Papo depois respondeu-me e acabei por passar o resto desse período com ele. Em Nova Iorque, estavas fixe, ainda podias andar nas ruas. Nova Iorque estava lit. Todas as pessoas de Nova Iorque ficaram em Nova Iorque, todas as pessoas que tinham ido para Nova Iorque mudaram-se, voltaram à casa dos pais. Então estava-se completamente local. Lit. Nunca ninguém tinha visto Nova Iorque assim, na vida inteira. Quando eu digo local, falo dos imigrantes, obviamente, das pessoas que realmente vivem lá, as pessoas que mesmo sendo de outro sítios, já lá estão há 10 anos ou mais. Pessoal que disse “é aqui que eu vivo”. E isso foi uma sensação fascinante. Mas depois o retorno foi muito fodido. A gentrificação começou a acontecer multiplicada por um milhão. A comparação entre o pré-COVID e o pós-COVID é arrebatadora, tenho de me mudar para um bairro mais low-key. Em Queens ou Sunset Park, ou algo assim.



Consegues dividir a tua carreira em fases diferentes? Ou achas que tem sido só uma viagem muito longa?

Tem sido uma viagem muito longa. É a vida. A minha carreira é a minha vida. Sou eu. Sei lá, eu sinto que não sei fazer coisas. Não sei fazer dinheiro. Não sei fazer nada excepto rappar, estar com os meus amigos e ser criativo. Estou sempre a tentar decifrar o que quero fazer. É apenas isso, decifrar a vida.

Tem sido sempre um período transitório, de certa maneira. 

Sim. De uma maneira em que me anda a stressar mais à medida que envelheço. E ando muito stressado porque me estou a aperceber que sou um homem crescido. Preciso de aprender como ser uma pessoa adulta. Mas ao mesmo tempo sou, tipo, uma manchild. Ando só a rappar e a viver a minha vida. Eu limpo a minha casa, eu cozinho para mim próprio, vou fazer tudo isto, e faço-o, às vezes. Mas é lixado às vezes. E isolo-me muito na minha própria cabeça.  Se fosses parte a parte, podias perfeitamente dividir a carreira em períodos. Mas, para mim, tem sido só a minha vida. Ando só a fiar-me em mim mesmo. Sou direto e claro, tenho amor no meu coração.

O que pões cá para fora é uma representação de ti mesmo.

É por isso que eu amo fazer o que faço. Não quero saber de nada. Porque quando subo ao palco, posso ser só eu. Posso ser esquisito. Não quero saber absolutamente de mais nada, é a única confiança que tenho na minha vida. Fora a minha arte, é um bocado estranho, porque fora dela, estou muitas vezes a remoer em coisas. Não sou bom a falar com raparigas, nada disso. Mas quando subo a um palco, sinto-me no meu habitat natural, é libertador. Hoje à noite foi exatamente isso. Tenho andado deprimido já há um bom bocado e fez-me sentir tão bem estar ali em cima e ver as pessoas todas. E sabes o que me fez ainda mais feliz? Quando me enganei a rimar, não fiquei chateado. Antigamente, quando me enganava numa barra, ficava muito chateado comigo mesmo, mandava cabeçadas ao microfone.

Soube bem ter o pessoal todo em palco à tua volta?

Sem dúvida. Ver e sentir o amor todo. Cresceram comigo. Ver o Subjxct em palco – o Sub é meu DJ e já me disse que estava no liceu a ouvir a minha música, e que agora estar a ser o meu DJ noutro país é muito absurdo. E o Papo, que é de Nova Iorque, foi para Nova Jersey, nós somos praticamente irmãos. E o Jada, já o conheço há 10 anos. A primeira vez que fui ao UK e estive com o Archy [King Krule], conheci-os todos. E fizemos as malhas de Ratking, foi aí que os conheci. O Ellie, que não conheceste hoje, e o Laron, de Nova Iorque, conheci-o através do Tony Seltzer. É o gajo mais doce de sempre e os beats dele são imaculados. Ouviste o último disco do Jada?

O The Corner, é o que tem a capa azul e branca, certo?

Exato. O Laron produziu esse disco todo.

E eles não se conheciam, não foi?

Não, porque o Laron é de Nova Iorque, e o Jada passou lá um mês. E lançaram aquele projeto depois disso. Isso é que foi um mês. Lembrou-me de antigamente, quando eu estive em Londres com os Ratking durante um/dois meses. Em 2015 ou 2016, mais ou menos na mesma altura que vim a Portugal pela primeira vez, estive no Reino Unido também durante um ou dois meses, a fazer concertos em festivais e a conhecer realmente as pessoas.

Já tocaste neste assunto um bocado durante a nossa conversa, mas quero insistir um bocadinho nele. Sentes uma necessidade de lançar arte cá para fora? Sempre te acompanhou?

Completamente. Sempre foi a única coisa que quis fazer, expor-me artisticamente. É estranho porque é algo que eu nunca me apercebi que queria fazer. Às vezes ficava parado durante algum tempo e o stress aumentava imenso. E as auto-interrogações começavam, tipo, “O que é que estou a fazer com a minha vida? O que é que eu ando a fazer?” A única coisa que me dá paz é mesmo exprimir-me artisticamente.  Por vezes, simplesmente não consigo escrever raps, então sinto a necessidade de fazer uma zine, ou desenhar, ou qualquer tipo de arte, preciso disso. É como se fosse comida para mim. Começo a fazer arte antes de tomar o pequeno-almoço, real shit. É terrível. Às vezes não como o suficiente por causa disto. É mau. E passo por fases em que não consigo fazer rigorosamente nada, estou deprimido, mas o objetivo final será sempre esse – e sinto que isso também é mau, é triste, sinto que preciso de descobrir uma maneira em que possa ser feliz sem a arte, de uma perspetiva em que estou feliz por ser eu.

No outro dia estava a falar com esta rapariga, e ela disse-me “Yo, Wik, nós amamos-te por ti. Não é pela tua arte, não é pelo que já fizeste, por todas as tapes que já lançaste. Nós amamos-te como pessoa.” E isso atingiu diretamente o meu coração. E apercebi-me que realmente não é a arte que me faz ter valor. Podia só parar por uns tempos. Desde que alguém goste de mim, por mim, por quem sou. Mas entre isso tudo, é ir tentando exprimir-me. Fazer que o pessoal saiba quem sou. Vêem-me e estou silencioso, calmo, reservado. E depois subo ao palco e faço a minha cena. Vou deixar tudo em palco porque é para isto que eu fiz tudo antes. Pus a minha vida toda nisto. E se não fizer isso agora, eu não faço ideia o que é suposto eu fazer. [Enquanto enxuga algumas lágrimas] Pá, desculpa ter ficado muito emocional.

Não há problema, opá, desculpa eu ter-te feito chorar.

Nah, eu estou bem, estás na boa. Chorar é bom. Sabe bem, eu gosto de chorar. Enquanto choras, está tudo horrível. E depois ficas fixe. Estás a chorar por causa da tua babe ou de uma merda qualquer, e acabas de chorar, e sentes um alívio incrível, e agradeces por te teres livrado de uma cena que está na tua cabeça há meses.

Há uns tempos escrevi um perfil sobre ti em que percorri os teus discos todos e a tua carreira, e fiquei a sentir que te construíste a ti próprio paralelamente a construir Nova Iorque através dos teus olhos. Fiquei com a sensação que não existirias sem Nova Iorque, mas que Nova Iorque, sem ti, seria muito diferente.

Gostei disso, foi gangster. É verdade.

Não queres sair de Nova Iorque sem deixar uma marca.

Já deixámos a marca. Eu amo o underground, é tão profundo, que daqui a 30 anos alguém podia descobrir algo que nunca soube que existia. Tipo: “Nunca ouvi falar de Ratking. Oh, o “So It Goes”, what the fuck?” [risos]. Tipo, em 2014. E nós influenciámos muitas coisas. E eu adoro ouvir isso, não quero saber se alguém sabe na altura, o que é importante são os caminhos internos desta merda. Pessoal que era puto na altura dos Ratking a dizer-me agora “Ratking era a nossa cena, nós crescemos a ouvir”. E os artistas jovens que estão a fazer cenas criativas em Nova Iorque agora, eles também nos ouviam. Foi uma cena muito local na altura, e tinhas de estar lá para perceber, mas isso faz com que seja ainda mais fixe, não foi algo que explodiu. Sabes quando algo explode demasiado, fica demasiado grande demasiado rápido, e passa rapidamente? Especialmente da maneira que a cultura é hoje em dia. É tudo tão veloz. É quase triste, cenas que são mesmo fixes são mandadas pra o lixo porque ficou demasiado hyped. Quando fica demasiado hyped, já não é fixe. É bom ter algo que pode só existir. 

Obrigado pela conversa, foi fantástico falar contigo!

Mano, anda lá! Entrevista do ano!


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