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A CRVVO acaba de estrear “Moonlight”, o primeiro avanço de Jazz Drill Social Club, projecto que está a ser orquestrado por Beiro&Pedra e Meireles.
“Inconformados com receitas”, conforme revelaram estar em conversa com a nossa redacção, o trio portuense descola-se da zona mais saturada do espectro sónico do drill e aponta à descoberta de novas avenidas dentro do género, este que, depois deste ter estado a maturar em circuitos mais marginais dentro do Reino Unido durante os últimos anos, se assume nos dias que correm como uma das principais potências a alimentar a camada mainstream do mercado musical.
O próximo passo é abrir as portas do Jazz Drill Social Club fundado por estes três músicos e produtores. A data de edição do EP ainda não foi anunciada mas sabe-se já que este será apresentado no formato instrumental. Depois deste chamariz, não há desculpas para que não possa despontar por aí uma versão portuguesa de Knucks, capaz de ajudar a música de Beiro&Pedra e Meireles a subir mais um degrau e, quem sabe, chegar a patamares semelhantes aos de “Home” ou “Los Pollos Hermanos“.
Como é que vos surgiu a ideia para este novo projecto colaborativo?
Nesta fase estamos a abrir a gaveta dos projectos que temos, Beiro&Pedra, enquanto duo, onde se encontram tanto este disco instrumental como também vários singles nos quais contamos com convidados que vieram dar voz aos temas. Esta ideia específica surgiu da exploração entre dois mundos completamente distintos mas que, ao mesmo tempo, nos pareciam conjugar na perfeição e que, na nossa opinião, ainda tem sido pouco explorado, como é o caso desta fusão de jazz com drill. Fusão esta que, ao fim do primeiro instrumental, nos agradou tanto que acabamos por realizar o nosso primeiro EP de instrumentais enquanto trio, agora na companhia do Meireles.
O primeiro single, “Moonlight”, já está cá fora. Como é que se processou a concepção deste tema a seis mãos e o que é que vos levou a escolhê-lo como aperitivo para o disco?
Todos os temas nasceram de forma diferente. Tanto podiam partir de uma base nossa ou do Meireles, que depois viria a ser pós-produzida por quem ainda não tivesse dado a sua intervenção. Depois de haver um pré-mix pelo trio, o Beiro deu seguimento à mistura e masterização. Escolhemos a “Moonlight” para abrir portas deste nosso universo porque, além ter sido o primeiro tema que surgiu nesta colaboração, continua a ser o tema que consideramos iniciar melhor a viagem que é este disco.
Que conceito é este a que chamam de Jazz Drill Social Club?
Jazz Drill Social Club é um statement que representa todo este nosso conceito. É como se fosse um local que alberga criadores inconformados com receitas ou um refúgio que nos faz sentir livres e relaxados enquanto criadores que procuram a inovação.
Em relação ao conteúdo desse EP: vai ser um trabalho estritamente instrumental ou também arranjaram forma de dar voz a esse drill jazzístico que defendem? Há outros convidados a pairar por esses temas?
Este EP irá ser estritamente instrumental e apenas com a contribuição do Beiro&Pedra e do Meireles. No entanto, também ficámos com a intenção de, num futuro projecto, desafiar algumas pessoas a fazer uma interpretação vocal deste universo e convidar outros produtores para se juntarem a nós.
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