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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/06/2021

Um importante encontro em palco prestes a ser consumado.

Throes + The Shine & :PAPERCUTZ sobre o concerto no Hard Club: “A ideia é que as performances se vão fundindo”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/06/2021

Hoje à noite é a valer: os Throes + The Shine e :papercutz vão partilhar o palco do Hard Club, no Porto, num espectáculo inédito que tem o início marcado para as 20 horas.

Esteticamente podem não ser as escolhas mais óbvias para conviver numa mesma playlist mas os universos dos dois projectos pertencem ambos ao espectro da música electrónica e, de forma mais ou menos assumida, existem para nos fazer dançar. Se dúvidas existissem — e após uma aproximação natural, catalisada pela pandemia — os Throes + The Shine e :papercutz chegaram mesmo a trocar remisturas, através de “Halfway There” e “Musseque”, e a experimentar alguns cruzamentos pontuais em palco, argumentos que estiveram na base para assumirem este próximo evento no Hard Club em parceria.

O Rimas e Batidas falou com ambos os intervenientes acerca da colaboração contínua que tem vindo a ser desenvolvida neste último ano e procurou antecipar os contornos do concerto especial agendado mais logo.



Em que momento é que estes dois projectos começam a dar ouvidos um ao outro?

[T+S] Já há bastantes anos que seguíamos o trabalho de :papercutz, mas só no início da pandemia é que houve um contacto pessoal com o convite do Bruno para trabalharmos na remistura da “Halfway There”.

[:papercutz] Tenho comentando algo semelhante em outras oportunidades como esta, mas a verdade é que estes tempos serviram, pelo menos para mim, para uma aproximação aos meus colegas nacionais. O Porto, infelizmente, sofre um pouco de não estarmos em contacto uns com outros, pelo menos de uma forma alargada, como acontece em outras cidades europeias. Eu conhecia o trabalho dos Throes + The Shine, pois partilhamos trajectos semelhantes, carregando o nome da Invicta connosco fora de portas, mas acredito que estaríamos focados no nosso trabalho, e faz sentido, acho que aliás essa determinação é clara em ambos. 

A hipótese de trocarem remisturas surgiu logo? Como é que se deu o clique?

[:papercutz] Quando imaginei a edição de King Ruiner (Deluxe), que reunisse alguns dos meus artistas nacionais favoritos, o convite apresentou-se à minha frente. Este acaba por despertar uma conversa bem mais longa.

[T+S] – Conforme respondemos na pergunta anterior, a primeira abordagem surgiu do Bruno. No entanto, como já estávamos a planear o disco de remixes do “Enza”, mais focado em artistas e produtores nacionais, ficámos logo com a pulga atrás da orelha para ouvir uma versão da “Musseque” feita pelo :papercutz.

Apesar das diferenças nas sonoridades, de que forma sentem que os vossos espectros se “tocam”, musicalmente falando?

[T+S] Ambos os projectos tentam explorar a música electrónica e de dança, embora com uma abordagem e estética muito distintas. Assim como creio que ambos sentem o desafio de uma procura constante por novas sonoridades que viajem um pouco por todo o mundo.

[:papercutz] A música que pratico sempre procurou uma sonoridade distinta mas o King Ruiner assume a procura de texturas de geografias bem mais exóticas. Acho que nos encontramos na altura e no momento certo.   

Já se tinham cruzado em palco, mas vão agora assumir pela primeira vez um mesmo evento criado em parceria, no Hard Club. O que levam dessas experiências anteriores e como estão a correr os ensaios para esta data especial?

[T+S] Foi uma experiência enriquecedora. Trabalhar com outros músicos e artistas é sempre um processo interessante e que acarreta uma aprendizagem que é preciosa para a evolução de qualquer projeto. Por isso mesmo, os ensaios têm seguido esta premissa e têm corrido bastante bem.

[:papercutz] Permitiu-me descobrir facetas das músicas que escrevi que até eu mesmo desconhecia e de contribuir para o concerto de outros, muito raro em mim, isso tende a acontecer mais em estúdio como produtor. Algo em particular que levo para este concerto é precisamente a energia deles para a nossa performance. A minha ideia é que o público, mesmo que não possa festejar como gostaria, viva vicariamente, através de nós, essa liberdade.

De que forma estruturaram o alinhamento? Ambos os projectos vão estar permanentemente em palco ou cada um assume o seu momento com alguns cruzamentos pelo meio?

[:papercutz] A segunda, precisamente, sendo que esses cruzamentos foram pensados de forma a que tudo pareça o mais natural possível. A ideia é que as performances se vão fundindo, desde a nossa apresentação à deles. Como diversas cenas numa narrativa de duas horas.

[T+S] Cada projecto irá dar o seu concerto individual, começando a noite com a atuação de :papercutz e com uma transição rápida para o nosso espectáculo. No entanto, e sem dar asas aos spoilers, podem contar com participações de parte a parte, criando vários momentos únicos preparados especialmente para este concerto no Hard Club. E, finalmente, também estamos muito entusiasmados porque vamos apresentar temas novos em primeira mão, algo que nos deixa sempre com aquele nervosismo bom na barriga.


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