O documentário Tecla Tónica, de Eduardo Morais, encontra-se em fase de pós-produção e tem estreia marcada para o Outono, com posterior exibição por todo o país e uma edição promocional em DVD com carimbo da Jameson.
O realizador que assinou Meio Metro de Pedra (2011) e Música em Pó (2013) descreveu ao Rimas e Batidas as diferentes abordagens temáticas que estarão presentes em Tecla Tónica, filme-documentário que não pretende ser um retrato da história da electrónica em Portugal, mas sim um expositor de diferentes momentos no caminho do género até aos dias de hoje.
“Neste Tecla Tónica, serão traçados vários aspectos da música electrónica em Portugal tal como aquela que é talvez a primeira experiência feita com electrónica por cá, que data de 1968″, explica Eduardo Morais. “As três correntes que nos inícios da década de 1970 pintavam a contemporaneidade: a música electro-acústica e as peças criadas exclusivamente em estúdio, a improvisação muito ligada ao experimentalismo e até ao jazz, e o músico como solista que usava o sintetizador para expandir o seu léxico musical; a proliferação de uma paleta de maquinaria na década de 1980; a música de dança dos últimos trinta anos; entre outras temáticas.”
O documentário reúne cerca de trinta depoimentos de figuras ligadas à música electrónica e géneros adjacentes em Portugal, entre estas Armando Teixeira (Ik Mux, Bizarra Locomotiva, BALLA), Carlos Maria Trindade (Corpo Diplomático, Heróis do Mar), José Cid (músico), Luís Clara Gomes (Moullinex), Pedro Coquenão (Batida), DJ Ride, DJ Vibe, e muitos outros.
Em Abril, por altura da inauguração do Rimas e Batidas, Eduardo Morais partilhou uma crónica sobre o trabalho em torno de Tecla Tónica.
Abaixo está Música em Pó na íntegra.