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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/07/2021

A gota de água no meio do deserto.

T-Rex: “Apesar dos apesares, experienciei vários pontos cruciais para a minha subida”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/07/2021

T-Rex vai apresentar-se pela primeira vez ao vivo em nome próprio muito em breve. Antes dos concertos de 23 (esgotado) e 24 (nova data) de Julho, ambos no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, o rapper respondeu a algumas perguntas lançadas pela nossa revista. Os bilhetes para a segunda dose custam entre 18 e 20 euros.

Em tempos de seca no sector das artes, Daniel Benjamim não nos deixou ficar musicalmente subnutridos. Desde que demos entrada neste actual cenário de pandemia, o artista da Linha de Sintra lançou vários singles e ainda o EP Gota D’Espaço. Um desses temas, “Tinoni”, fez mesmo soar os alarmes à escala nacional e valeu-lhe a primeira placa dourada que assinala o óbvio sucesso comercial.

E quando o drive é abundante, um sucesso só pode levar a mais sucessos. Conforme revelou à nossa redacção, “É Assim”, canção que lançou recentemente a par com “GUUD”, é uma consequência da felicidade adjacente à distinção de que a sua música foi alvo e a genuinidade dos seus versos confere à faixa um replay value bem acima da média — note-se que, em apenas um par de semanas, este é já um dos temas de T-Rex mais escutados de sempre.

O par de singles vai, no entanto, ficar de fora do alinhamento de Cor D’Água, o álbum que tenciona editar pela Universal Music Portugal até ao final deste ano, o que significa que há por aí uma valente fornada de música nova a caminho. Para já, aproximam-se as datas dos tão esperados concertos na capital, que podem vir a servir de palco para algumas surpresas.



Faz sentido começarmos por estas duas datas em Lisboa: que formato vais levar para o palco? Estás a preparar alguma surpresa?

Vou levar o show no formato de MC & DJ. Quem vai estar nos vinis é o meu comparsa de longa data, que foi quem esteve [comigo em palco] a maior parte de todas as minhas datas, o grande Vava. E sim, também vou levar surpresas, como sempre, e uma delas talvez até deva antecipar para um dia antes do primeiro dia do show. Hum, deixa cá ver… [risos]

Tens algum ritual antes de entrar em palco?

Os meus rituais são quase sempre os mesmos. Aquela oração, uns “alongamentos” vocais, físicos e espirituais. E como estou em modo CR7, estas duas semanas antes do show [vão ser regadas a] “Água”. Se calhar, talvez deva acompanhar uma jolinha, não mais do que isso, só para ajudar a desinibir as cordas [vocais].

É a tua primeira vez em nome próprio na capital: isto tem algum sabor especial para ti? Ainda para mais vai acontecer no Tivoli.

Tem, sim, um sabor muito muito special, porque foi por onde passei a maior parte do meu tempo, aqui na capital, principalmente pelas ruas da Linha de Sintra. Então, é [uma] grande [sensação] para mim saber que muitas das caras e hábitos que me inspiraram vão estar naquela grande sala da cidade, o Tivoli. Ainda para mais, a última vez que pisei aquela sala estava do lado de cá, a ver o show do cota Yuri da Cunha com a minha mãe ao lado, e em breve vou ter a oportunidade de pisar o mesmo palco com a minha mãe a ver. Quem sabe da minha história entende que lhe devo isso é muito mais.

Lançaste recentemente dois temas de uma só vez. Podes falar um pouco sobre a criação de cada um?

Com certeza. Um dos temas saiu do êxtase de uma das nossas grandes conquistas do EP anterior. Atingi a placa de [single de] ouro da faixa “Tinoni” e queria dar a minha felicidade em relação a isso sob a forma de música — essa energia pariu a faixa “É Assim”. Quanto ao “GUUD”, é uma história que tirei do baú que faz jus a uma frase bastante usada, que é “às vezes encontramos a pessoa certa no momento errado”. Algum tempo passou, encontrei o beat certo e quis tirar essa história a limpo e saiu algo assim.

Vão fazer parte do Cor D’Água? Em que estado está a construção do teu álbum de estreia?

Não. Estas duas faixas preferi soltar em forma de easter egg para [antecipar] outras coisas que ando a aprontar. O álbum está quase na recta final. Está agora nos planos alguns ajustes de beats aqui e ali, um verso aqui e ali. Contudo já temos alguns [temas] finalizados e que são os mesmos que a gente selecionou como singles. É só aguardarem um pouquinho que a nave parte já.

Apesar de 2020 ter sido um ano complicado para todos, a verdade é que para ti parece ter sido a preparação para um 2021 de confirmação do teu potencial. Sentiste que o teu EP e as participações que fizeste te colocaram num novo patamar de reconhecimento?

Sim, foi um ano cheio de bênçãos. Todo o trabalho feito no ano anterior foi de dar graças ao Pai, lá em cima. E sim, levaram-me para outro patamar. Apesar dos apesares, experienciei vários pontos cruciais para a minha subida. Isto conta com toda a energia partilhada, com as colaborações que fiz e com o EP de oito faixinhas que saiu de um processo de bota do Sonic.

Houve alguma coisa em especial que tenhas retirado das colaborações que saíram em 2020? Trabalhaste com gente tão diferente.

Sim, a sabedoria. Tive perto de pessoas, de personalidades e de patamares diferentes. De equipas que me fizeram perceber muita coisa acerca da música e almas que me mostraram que o mundo da música não é só trabalho.

Voltando aos concertos: qual foi o último concerto que foste ver? E, já agora, qual é que foi aquele que te marcou mais?

Pergunta lixada, man. Já não me lembro. Estou indeciso entre dois. Mas ya, o concerto que mais marcou a minha vida foi o dos 30 Seconds to Mars, [quando estiveram pela] primeira vez em Portugal, [que foi também] o primeiro show que fui na minha vida. Então ya, ficou-me na memória até hoje.

Para fechar: o que é que tem andado a rodar na tua playlist? Andas a viciar em algum artista em especial?

Tirando os sons que ainda não saíram da rapaziada (Máfia73) ando a ouvir pouca música, realmente…
Partynextdoor (“Want Me“), Playboi Carti (“New Tank“, “Die4Guy“), Young Thug, Gunna e Drake (“Solid“), Travis Scott e Kid Cudi (“The Scotts“). Não tenho ouvido muito mas, quando oiço é isto.


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