pub

Texto: ReB Team
Fotografia: Camille Leon
Publicado a: 04/05/2021

Encontro marcado no Capitólio.

Sickonce sobre No Princípio Era o Verso: “Vamos transportar o público por uma viagem contínua pelas texturas que levam aos ambientes das várias vozes”

Texto: ReB Team
Fotografia: Camille Leon
Publicado a: 04/05/2021

Esta sexta-feira, dia 7 de Maio, Rafael Correia dirige uma espécie de orquestra hip hop numa apresentação incluída na programação do Lisboa 5L: no No Princípio Era o Verso o produtor e DJ algarvio conduz quatro MCs (Nerve, Maze, Perigo Público e Chullage) e uma cantora (Amaura) para mostrar o valor que reside na palavra dita no rap.

“No primeiro momento tive duas tarefas, uma delas foi analisar o trabalho de cada uma das vozes, que foi muito simples por serem artistas que sigo e a maioria com quem já trabalhei/trabalho e a segunda perceber com que estrutura/formação me fazia sentido responder ao desafio. Sendo a temática ‘a palavra’, sabia que a abordagem seria de muito respeito e espaço pela mesma”, começa por contar Sickonce ao Rimas e Batidas.

As escolhas das vozes para este projecto ficaram por conta de Rui Miguel Abreu, director do Rimas e Batidas, mas poderiam ter sido do membro dos Tribruto: “São todos artistas que admiro e com muita experiência. Começa por ser uma honra poder fazer isto com eles e ao mesmo tempo aumenta a responsabilidade… Eu já tinha trabalhado com quase todos (ou estou a trabalhar em projectos futuros), então o processo foi muito natural e sem grandes complicações (à excepção da pandemia).”

Para além dos nomes que aparecem ao seu lado no cartaz, há ainda um duo de instrumentistas (João Frade e Léo Vrillaud) que irão ajudar a criar a base sonora imaginada por Rafael: “A minha relação musical com os dois tem sido muito activa, desde o meu projecto com o Frade (MODA VESTRA) aos vários trabalhos com o Léo, como o Porcelana, e sei que eles falam muito bem a mesma língua — principalmente aquela que eu queria falar nesta criação e até noutras no futuro. Tinham de ser pessoas com quem estou à vontade e que confiem em mim na direcção a tomar, principalmente porque dos três sou o que melhor conhece as vozes.”

Sobre a estrutura da “coisa”, acrescenta: “A ‘banda’ vai tentar transportar o público numa viagem contínua por onde passamos pelas texturas que levam aos ambientes das várias vozes. São artistas muito diferentes a nível de abordagem e sonoridade, o nosso trabalho (banda) foi conduzir de forma lógica e ao mesmo tempo criar momentos exclusivos e de liberdade (improviso) para os músicos. A nossa base vai sempre arrancar do rap/soul mas vamos experimentar muito, as linguagens jazz e electrónica vão poder sentir-se muito facilmente. Além de ser [o caminho] por onde senti que podíamos ir para valorizar o trabalho das vozes e textos são também sonoridades que estou a trabalhar para próximos trabalhos.”

Numa cena portuguesa com cada vez mais representantes (e muito diferentes entre eles), o artista também conhecido como Gijoe destaca (sem separar gerações) samurais da palavra nacional como Slow J, Silab & Jay Fella, Russa, Gson, L-Ali, Blasph, Sacik Brow, Kappa Jotta, Papillon, Bispo, Estraca, Domi, Minus, Fábia Maia, Subtil, Beware Jack, Vilão, Sam The Kid, Keso e Perigo Público.


pub

Últimos da categoria: Curtas

RBTV

Últimos artigos