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MF DOOM abandonou este plano em 2020, mas os tributos não param de chegar: o mais recente é da autoria do DJ e produtor Sickonce, o acordeonista João Frade e o teclista Léo Vrillaud, trio que abordou “Accordion”, a segunda faixa de Madvillainy, o álbum feito a meias com Madlib.
“Esta versão, por mais curioso que pareça, andou para acontecer em várias ocasiões e formações… há cerca de dois anos os Mazarin foram desafiados a criar uma versão dela pelo Rui Miguel Abreu e eu seria o produtor. Nessa altura sugeri logo o featuring do João Frade. A cena não aconteceu… mas fui falando com o Frade e começámos a trabalhar nisso os dois. Após a notícia da morte do DOOM sentimo-nos na ‘obrigação’ de terminar a ideia e compusemos a base. Mais tarde, quando formei o trio (Sickonce + João Frade + Léo Vrillaud) para responder ao concerto no Capitólio, decidi inserir esta homenagem no alinhamento e fizemos esta versão”, começa por dizer Rafael Correia em declarações ao Rimas e Batidas.
Sobre a importância de Daniel Dumile e deste tema em particular para si, Gijoe afirma: “O DOOM é daquelas referências que me vai acompanhar enquanto fizer e ouvir música, e esta faixa em específico é das minhas preferidas de Madvillain. O sample, a origem do mesmo, a complexidade rítmica num beat aparentemente simples e minimal, a rima: são tudo ingredientes para fazer desta faixa uma das mais marcantes da discografia deles e do DOOM em particular.”
Os músicos portugueses têm dado particular atenção a DOOM nos últimos meses: a Monster Jinx fê-lo através de uma compilação, Stones Jones homenageou-o através de um EP e Kilu mexeu na música “2 Stings”.
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