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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/01/2023

Saídos da casca.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de Lil Yachty, LiloCox, Anthony1 e Bruno de Almeida

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/01/2023

Os dias têm outro sabor quando as edições que ocorrem vão no sentido inverso às normas do ponto-de-vista estético. Hoje é um desses dias: Lil Yachty saiu da sua zona de conforto, LiloCox foi ao baú, Anthony1 montou a sua rave de bobbacore num catálogo português e Bruno de Almeida oferece-nos a sua ideia de um funk cinematográfico e de tonalidades noir. E a estes quatro nomes destacados pelo ReB podem (e devem) juntar à vossa lista de “material a escutar dentro de breve” o trap jovial de tana (GAULTIER), o rock noisy e lo-fi dos MÁQUINA. (DIRTY TRACKS FOR CLUBBING) ou a fusão entre folk e garage de King Tuff (Smalltown Stardust).


[Lil Yachty] Let’s Start Here.

Numa breve analise ao medidor de calor que é o Twitter, facilmente se percebe que Let’s Start Here. está bem encaminhado para se tornar num dos mais consensuais lançamentos de sempre por parte de Lil Yachty. Mais r&b do que rap, o novo álbum do artista aproxima-se de territórios que começaram a ser explorados por Childish Gambino, aplicando-lhe camadas extra de psicadelismo. Selado através de uma parceria entre a Quality Control Music e a Motown Records, o sucessor de Lil Boat 3 ganhou boa parte da sua essência através das produções de Jacob Portrait, Jam City, Sad Pony ou Patrick Wimberly, registando ainda aparições não creditadas de Fousheé, Daniel Caesar ou Teezo Touchdown.


[LiloCox] Drums (Lata)

Quase cinco anos após Paz & Amor, LiloCox regressou à Príncipe Discos com uma proposta diferente. Drums (Lata) meteu o DJ e produtor, um dos pilares da nova batida lisboeta, a ir aos seus arquivos para formar uma colectânea com mais de quatro dezenas de batidas inéditas, com os lados A e B desta cassete a totalizarem pouco mais de 80 minutos de duração. A editora descreve o lançamento como uma compilação de “música de dança pura e intuitiva” que ajuda a vincar o “rizoma afro-português” na cena electrónica nacional.


[Anthony1] Bobbacore Revisited

A jogar nos domínios daquilo que temos como sendo música gabber, Anthony1 deu um pulo até ao Colectivo Casa Amarela para editar um EP de três mutantes faixas, capazes se assumir formas de hard trance ou de happy hardcore e de transportar o espírito das raves do mundo real para o virtual, para o Twitch ou para o Discord mais precisamente, tal como fez numa altura em que um vírus obrigou as pistas e as caves a fechar. Em Bobbacore Revisited, o DJ e produtor Chileno estreia duas faixas novas e termina com “Bobbacore Is Real”, uma valente surra de glitch e noise com pouco mais de 20 minutos e que já tinha sido desvendada há um par de meses atrás.


[Bruno de Almeida] Cinema Imaginado, Vol. 2

Há dias dávamos conta de uma nova investida no úniverso da música por parte do celebrado cineasta português Bruno de Almeida. Um ano depois do primeiro volume, a segunda entrada nesta trilogia volta a pintar-nos um quadro muito específico da ingovernável e decadente Nova Iorque das décadas de 70 e 80 em tons de jazz e funk de cariz mais áspero. Graham Haynes, Ricardo Toscano, Mário Franco, Tó Trips, Luís Figueiredo e Alexandre Frazão são alguns dos músicos que o ajudaram a rodar esta película sónica.

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