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Texto: ReB Team
Fotografia: Tyrell Hampton
Publicado a: 09/06/2023

Chuva de boas novas.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de King Krule, Jayda G ou 7xvethegenius & DJ Green Lantern

Texto: ReB Team
Fotografia: Tyrell Hampton
Publicado a: 09/06/2023

Independentemente de andarmos em modo festival (não tão solarengo quanto se pedia) pelo Norte do país a cobrir alguns dos concertos reservados pela 10.ª edição Primavera Sound Porto, o final de mais uma semana reserva, também, tempo de antena ao que se estreou em mais uma sexta-feira de abundância. Isso resume-se, em jeito de antecipação, pela densidade espacial de King Krule, pelo “tipo” de Jayda G (que hoje passa pelo mesmo recinto que nós), pela genialidade auto-proclamada por 7xvethegenius a par de DJ Green Lantern, pelas voltas de Statik Selektah em boa e alargada companhia e pela excentricidade aliada à preciosidade de BLK ODYSSY.

Boldy James & ChanHays (Prisoner of Circumstance), Amaarae (Fountain Baby), Squid (O Monolith), Janelle Monáe (The Age of Pleasure), Aja Monet (When the Poems Do What They Do), Rob49 (4GOD II), Jenny Lewis (Joy’All), Christine and the Queens (Paranoïa, Angels, True Love), Andy Stack & Jay Hammond (Inter Personal), Emile Mosseri (Heaven Hunters) e Feeble Little Horse (Girl With Fish) são mais alguns dos nomes que apanhámos nas malhas digitais com novos projectos acabados de estrear.


[King Krule] Space Heavy

Por mais que o tempo passe, irremediavelmente há momentos, pessoas, coisas que parecem ter ficado cristalizadas num determinado espaço temporal. King Krule já vai, por estes dias, no seu quarto álbum de estúdio a solo, mas continua a dar ares do irreverente miúdo de “Rock Bottom” e “Easy Easy”. Só que Archy Marshall já não é, definitivamente, esse miúdo inconformado de 6 Feet Beneath the Moon (2013). Prova disso é Space Heavy, um álbum que — como Man Alive! (2020) já vinha a denunciar — não olha tanto ao lado negro da vida, ainda para mais sob a luz da paternidade. Também traz coisas boas a passagem do tempo.


[Jayda G] Guy

Enquanto deste lado o rescaldo semanal se faz a Norte, entre a cobertura dos segundo e terceiro dias de Primavera Sound no Porto, Jayda G prepara-se para encerrar o penúltimo dia de festival no Parque da Cidade, onde sobe ao palco Bits pelas quatro da manhã. Resta descobrir se Guy, o seu novo trabalho, editado hoje pela Ninja Tune, fará parte do set de fecho de mais um dia de música à chuva. É esperar para ver e logo confirmamos.


[7xvethegenius & DJ Green Lantern] The Genius Tape

Não ficámos particularmente impressionados com as individualidades escolhidas por Conway The Machine para abrir o seu concerto no B.Leza, em Lisboa, mas o mesmo não se poderá dizer das escaladas num concerto que La Maquina deu em Amesterdão, em Março do ano passado: 7xvethegenius foi uma dos rappers escolhidos para o efeito na capital holandesa, e já na altura tinha currículo e prestação bastantes para nos convencer. The Genius Tape chega, assim, como mais um volume dessa discografia que vem cimentando o valor da MC num meio predominante e até exageradamente masculino, projecto no qual participa o próprio Conway.


[Statik Selektah] Round Trip

Do homem que definiu um som muito próprio no seio do boom bap brooklyniano esperam-se novidades com uma marca de água inconfundível. Os rappers que Statik Selektah convida a rimarem nos seus instrumentais também acabam por ter influência, directa ou indirecta, nesse som que lhe é tão característico. Não é, por isso, de estranhar que em Round Trip apareçam figuras como Ransom, AZ, Benny The Butcher, Stove God Cooks, Inspectah Deck, Ghostface Killah, Raekwon, Method Man, Conway The Machine, Ab-Soul, Joey Bada$$, M.O.P., Cormega, Elzhi, Boldy James, Tha God Fahim ou Rome Streetz. E, por incrível que pareça à partida, a lista de participantes no novo trabalho do produtor de Massachusetss ainda se estende por mais uns quantos nomes nada estranhos por aqui.


[BLK ODYSSY] DIAMONDS & FREAKS

Depois de uma entusiasmante estreia discográfica de BLK ODYSSY, concretizada com assinalável  identidade artística, o sucessor de BLK VINTAGE (2021) chega não depois muito tempo de interregno — intermediado por uma espécie de versão deluxe desse primeiro disco, editada no ano passado sob a forma de BLK VINTAGE: THE REPRISE. A receita, porém, parece manter-se intacta neste polidíssimo DIAMONDS & FREAKS: densidade jazzística de olhos postos num r&b enamorado por um rap impiedoso. A atracção pelo abismo reproduzida em 15 faixas.

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