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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/02/2021

Stay local.

Sexta-feira farta: novos trabalhos de C. Tangana, D-Mars, Adrian Younge, Dax Pierson ou Sam Gendel

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/02/2021

Em Espanha, o revivalismo futurista da música latina é o tónico para um dos lançamentos mais esperados do ano, que é da autoria do madrileno Tangana. No entanto, essa é a só a primeira paragem: paramos no campo de basquetebol para jogar com banda sonora de D-Mars; reflectimos sobre o racismo com Younge; ouvimos atentamente as paisagens electrónicas retratadas por Pierson num jardim imaginário qualquer e as fantasias personalizadas de Gendel; tiramos o pó das rimas e das batidas com Muggs & Streetz ou Curren$y.

Sam Gendel (Fresh Bread), Smerz (Believer), Duke Deuce (Duke Nukem), Shordie Shordie & Murda Beatz (Memory Lane), Digga D (Made In The Pyrex), Blanck Mass (In Ferneaux), pä (La Demeure Phréatique), Tiago Sousa (ANGST) e TREE (SOUL TRAP) fecham a “ementa” desta semana.



[C. Tangana] El Madrileño

Já “limpou” uns quantos GRAMMYs latinos e é, neste momento, segundo a Forbes, um dos 100 Espanhóis Mais Criativos no Mundo dos Negócios. Antón Álvarez Alfaro, mais conhecido como C. Tangana, lança hoje o terceiro longa-duração pela Sony Music, três anos após Avida Dollars e um valente empurrão a Rosalía em EL MAL QUERER, álbum para o qual contribuiu na escrita de quase todas as canções.

Em El Madrileño, o rapper e produtor hasteia a bandeira da cidade que o viu crescer e convoca um impressionante número de convidados, tal como havia acontecido no seu antecessor. Omar Apollo, Jorge Drexler, Gipsy Kings, Alizzz ou até o canadiano Nineteen85 oferecem um valioso input ao trabalho de 14 faixas.



[D-Mars] Basketball Beats (Vol.1)

Em 2021, D-Mars celebra 30 anos ao serviço do hip hop nacional e vê os seus Micro celebrar 25 anos de existência. Dois marcos importantes que merecem ser assinalados com novos lançamentos por parte de um pioneiro do rap tuga. Sem mais demoras, o primeiro volume de Basketball Beats: depois de ter lançado projectos como Gingando na MPC ou a série Meu Kamba enquanto Rocky Marsiano, D-Mars está de volta com uma compilação de instrumentais imaginados para o contexto de um jogo de basquetebol e inspirados em alguns dos seu jogadores favoritos, como Patrick Ewing, Toni Kukoč ou Arvydas Sabonis.



[Adrian Younge] The American Negro

Está prestes a terminar o mês em que se celebra a história e cultura negras e o melhor parece ter ficado para o fim. Adrian Younge disponibiliza The American Negro pela sua Jazz Is Dead, um álbum que musica a problemática do racismo e procura restaurar a dignidade daqueles que têm sofrido na pele qualquer tipo de intolerância ou tratamento desigual. A acompanhar a edição do disco há ainda um filme, T.A.N., que deverá dar entrada no catálogo da Amazon Prime Video em breve e também um podcast, Invisible Blackness, que já se encontra disponível na Amazon Music.



[DJ Muggs & Rome Streetz] Death & The Magician

O nova-iorquino DJ Muggs é uma espécie de olheiro na liga do hip hop, diz-se no Bandcamp – para além do seu legado enquanto membro dos lendários Cypress Hill e das suas próprias colaborações com GZA, Tricky ou Xzibit. A sua escolha mais recente foi Rome Streetz, que passou a década de 2010 a cristalizar um catálogo variado de referências – entre os rappers clássicos de Nova Iorque, o som lo-fi de J-Dilla ou Flying Lotus e o grime da Londres em que viveu durante a adolescência. High Explosive é o que acontece quando se cruzam Muggs e Streetz.



[Dax Pierson] Nerve Bumps (A Queer Divine Dissatisfaction)

Dax Pierson trabalhou numa loja de música durante 10 anos: foi na Amoeba Music que foi conhecendo os colegas da banda Subtle, com os quais ajudou a borrar os limites do hip hop. Teclista portentoso, trabalhou também com Malcolm Mooney dos Can; como nota Jesse Dorris na Pitchfork, era uma das poucas pessoas negras e queer a ocupar estes vários espaços experimentais. Isto foi o início da década de 2000 — de 2005 em diante, tem estado a recuperar de um acidente de carro durante uma digressão dos Subtle. Recebeu milhões da Ford por um cinto de segurança defeituoso, mas isso não acelerou o tempo necessário de convalescença, resumido em Nerve Bumps — um manifesto eletrónico desenhado através de aplicações que o ajudaram a ultrapassar as suas dificuldades enquanto músico tetraplégico. Sai pela reputada Dark Entries Records.



[Curren$y] Collection Agency

Um dos rappers mais consistentes do hiper-competitivo rap game americano acaba de mostrar o seu primeiro projecto de 2021. Larry June é a única participação que se avista na lista de créditos deste disco de Curren$y — por lá também se vê nomes de produtores como Harry Fraud (colaborador habitual), Trauma Tone ou Purps.



[Sam Gendel] Fresh Bread

Pão fresquinho de Sam Gendel, sinónimo também de muita fartura para quem está com fome de música: são quase quatro horas de duração, divididas por 52 faixas, e o selo é da Leaving Records. Carlos Niño, Jamire Williams, Daniel Aged, Gabe Noel e Philippe Melanson são os colaboradores que dizem “presente” no novo disco do “cientista do saxofone“.

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