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Texto: ReB Team
Fotografia: George Muncey
Publicado a: 28/01/2023

"The grass ain't always green on the other side"

“Selfish” é o primeiro avanço para UGLY, o novo álbum de slowthai

Texto: ReB Team
Fotografia: George Muncey
Publicado a: 28/01/2023

slowthai prepara-se para divulgar o seu terceiro álbum de estúdio UGLY a 3 de março. O projecto foi antecipado esta semana pelo single “Selfish”.

Já conhecido por ultrapassar as barreiras do rap com uma flexibilidade caraterística, este novo som do rapper inglês deixa-nos a crepitar de expectativa para o que nos poderá trazer com o sucessor de TYRON. Acompanhada por um vídeo que tão bem se adequa ao tema e ao instrumental, a apresentação de “Selfish” revela uma mensagem inicial esclarecedora quanto ao conceito que inspirou a peça visual, quase em tom de aviso: “Como um exercício de paciência e autorreflexão, slowthai tenta ficar fechado numa caixa espelhada durante 24 horas, apenas com papel e tinta, sem nada para olhar, a não ser ele próprio”. Seguem-se algo como três minutos de pura “punkalhada”, enquanto o estado mental do artista parece degradar-se rapidamente, agindo de forma violenta ao som de fortes investidas de guitarra e entoando uma letra enlaçada de frustração, de cariz confessional, embora que quase gritada. 

O revestimento de espelhos apresentado pela caixa não deixa de ser simbólico, agindo como pista para o título do álbum, um acrónimo para U Gotta Love Yourself, algo que o próprio slowthai tatuou na cara, debaixo do olho, como um desafio “para se relembrar de se amar a si próprio, em vez de estar constantemente a deitar-se abaixo ou a sentir que a impressão que as pessoas têm dele deveria determinar quem ele é, enquanto pessoa”.

A criação deste álbum contou não apenas com a ajuda do habitual colaborador Kwes Darko, mas também de outros nomes não tão óbvios como os Fontaines D.C., Dan Carey (dos Speedy Wunderground), Jacob Budgen (guitarrista de beabadoobee) e Taylor Sky (membro de Jockstrap), entre outros. Sobre esta nova obra, que se adivinha como diferente ao nível da sonoridade, o rapper desvendou um pouco mais através de um comunicado enviado à imprensa:

“O primeiro álbum representou a sonoridade de onde sou e de tudo o que eu julgava saber. O segundo álbum é sobre o que foi relevante para mim naquele período, o presente. E este álbum sou eu, completamente, e é sobre como me sinto e sobre o que eu quero ser… É um culminar de tudo o que tenho andado a construir. Este álbum sou eu a tentar emular o ethos do espírito de irmandade que as bandas têm. A música é sobre o espírito e a emoção que depositamos nela. Assim como uma pintura que um artista faz, a música também é uma expressão daquele momento no tempo. Senti mesmo que não queria fazer rap, enquanto antes o rap era a única forma de me expressar, com as ferramentas que tinha. Agora que tenho mais liberdade para criar e fazer mais, porque não mudar as coisas?”


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