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Texto: ReB Team
Fotografia: Deck97
Publicado a: 22/04/2019

Mundo Segundo e Virtus juntam-se ao rapper portuense no terceiro single do seu álbum de estreia.

Porte sobre “OG”: “Era um simples miúdo das ruas do Porto a tentar a sua sorte e hoje sou tratado como um senhor”

Texto: ReB Team
Fotografia: Deck97
Publicado a: 22/04/2019

“OG” é o novo single de Porte e conta com a participação de Mundo Segundo, produção de Virtus e vídeo realizado por André Tentugal. A gravação ficou a cargo de Taseh e Slimcutzenquanto Here’s Johnny foi o responsável pela masterização.

O tema é o mais recente avanço de Falsa Fama, o álbum de estreia do rapper portuense, que está planeado para sair no arranque do próximo ano, não sem antes mostrar mais alguns dos seus trunfos no que resta de 2019. “Pulso” e “Franco” foram os singles que o antecederam, ambos produzidos por Lhast e editados em 2018, com Mantorras e Macaia enquanto convidados, respectivamente.

Falámos com o MC sobre o significado de OG e o seu primeiro longa-duração.



Dentro do círculo do hip hop, a sigla OG é, por norma, aplicada àqueles que já representam parte da história do movimento, ao ponto de serem até influências para alguns dos artistas que lhes seguiram. Com mais de uma década ao serviço das rimas, já te sentes nessa posição?

Por tudo o que já fiz, vivi e passei sem dúvida que me sinto um OG nesta cidade, e penso que sem tantos outros OGs como eu o rap/hip hop não seria a nova pop. Pois não se trata apenas de escrever, produzir ou gravar. Há muita coisa que acontece nos bastidores, um trabalho que foi feito no dia a dia, anos a fio. Foi preciso batalhar, insistir, carregar a bandeira às costas, remar contra a maré até termos sido todos aceites como somos. Eu fi-lo nesta cidade, comecei a brincar a isto há quase 20 anos, passei do “Paulinho da Lapa” ao Big Porte, e estou a celebrá-lo agora. Era um simples miúdo das ruas do Porto a tentar a sua sorte e hoje sou tratado como um senhor, este é o meu testemunho dessa evolução, e estou grato por tudo isso.

Também o Mundo Segundo e o Virtus cabem na perfeição dentro dessa classe OG, dois nomes de gerações distintas mas com um peso histórico não apenas ao nível do Grande Porto mas do rap à escala nacional. Como é que surgiu a colaboração e a ideia para a temática deste “OG”?

Tenho no Mundo Segundo e no Virtus dois grandes irmãos e duas grandes referências tanto na qualidade de MCs como de produtores, sendo que o Mundo Segundo é da escola anterior à minha e o Virtus da posterior. Idealizei que seria louco reuni-los aos dois numa faixa, e como o papel de um OG é também esse, fomentar a paz e unir gerações, fiz o meu papel e aqui temos o resultado desse esforço, acho que a música revela isso. Eu conto parte da minha história, o Mundo Segundo a dele, e sem dúvida que o Virtus comunica connosco de uma forma genial no beat que produziu. O resto deixo ao vosso critério.

Aquando da edição do “Pulso”, chegaste a levantar o véu ao Falsa Fama ao ReB. Neste ano que passou, podemos presumir que estiveste a limar as arestas do álbum ou até a reformular boa parte dele? Alteraste alguma coisa aos ficheiros que já tinhas do disco nessa altura?

O álbum está quase pronto, estou na fase de aperfeiçoar e retocar, que é talvez a fase mais complexa e a mais exigente. Mas tranquilo, já faltou mais, e por muito que custe e a demora seja algo que não te sossegue, não interessa como começa mas sim como acaba, e eu “não quero um bom sinal, quero um bom final”. Espero no início do próximo ano colocar o disco cá fora, antes ainda com mais uns singles a rolar. Peace!


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