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“Pulso” é o primeiro single do álbum de estreia de Porte. O único feat. é Mantorras, mas a lista de créditos está cheia de nomes sumarentos: Lhast na produção, Taseh e Slimcutz na gravação, Here’s Johnny na mistura e masterização e André Tentugal no vídeo.
Falsa Fama, o título do disco, é, segundo o próprio, uma viagem pelas suas vitórias e derrotas com uma variedade emocional que pode ir de uma faixa mais festiva até à canção mais hardcore. Ace, Macaia, Craque, Regula — é impossível negar a influência do autor de Casca Grossa na sonoridade de “Pulso” — e Here’s Johnny são alguns dos nomes associados ao primeiro longa-duração do rapper portuense.
“Pulso” é o primeiro single do teu álbum de estreia. O que é que podes revelar sobre o disco?
O título do disco é Falsa Fama. Quanto a convidados, considero que tenho os melhores do país do meu lado, mas todos os intervenientes são pessoas importantes na minha vida, no meu percurso… São todos amigos… Ace, Macaia, Craque, Taseh, Slimcutz, Lhast, Regula, o Here’s Johnny, entre outros. E mais uns quantos que podem surgir: o projecto não está encerrado, muita coisa pode mudar e novas contratações podem surgir estilo último dia do mercado de transferências.
Os créditos de “Pulso” contam com nomes de peso: Lhast na produção, André Tentugal no vídeo ou Here’s Johnny na mistura e masterização. Porque é que decidiste trabalhar com estas pessoas? Já os conhecias pessoalmente?
A decisão de trabalhar com eles foi simplesmente porque os considero os melhores, cada um na sua área. O André Tentugal já tem vindo a trabalhar comigo desde 2008, quando fiz o “Vem Comigo”, e tornou-se meu amigo. Para mim é o número um em Portugal, um génio. Quanto ao Here’s Johnny e o Lhast, conheci-os por intermédio do Holly Hood e do Regula e, actualmente, também temos uma relação de amizade. São excelentes profissionais, mega metódicos e geniais, duas das qualidades que procuro sempre em quem me rodeia para trabalhar. No matter what, e by the way, obrigado aos três. One love !
Há quanto tempo andas a trabalhar no LP de estreia? Terá algum conceito que seja transversal a todo o trabalho?
Estou a trabalhar no LP há pouco menos de um ano. Comecei quando consegui reunir condições para gravar e trabalhar no álbum que já tinha idealizado. Entretanto foram-me proporcionadas as condições por duas pessoas fundamentais no meu projecto, o Slimcutz e o Taseh, e comecei.
Basicamente, o conceito do álbum é contar as minhas histórias e as minhas experiências desde que comecei neste game há muito tempo. Quem já fui e quem sou. Mostrar mais de mim a nível pessoal. Vitórias e derrotas, muito do que ganhei, muito do que perdi, do que vivi, viagens que fiz, pessoas que partiram, o quanto cresci como homem e portuense, o quanto senti (e sinto) na pele a Falsa Fama. Que tudo passa, vejo “peepz” na mó de cima e no ano a seguir na mó de baixo. O que já foi próspero abre falência. Quem tem um perfil perfeito nas redes sociais não chora? Não sangra? Ninguém pensa nisso?
Tenho temas com várias vibes, up, down, hardcore ou friendly porque é assim que todos somos, um dia mais alegres, outro mais nostálgicos, às vezes mais agressivos. Pessoas a sério, vivemos a sério, e a minha dica é essa, Falsa Fama. Quem sabe se pelo caminho também vou inspirar alguém a seguir o meu humilde exemplo. E esperar que apareçam mais MCs no Porto porque actualmente há muito pouco rap com sotaque da invicta, cidade que me viu crescer, que para tanta gente importa e que agora é destino para a Europa.
Apareces no vídeo do “Nada a Ver” do Regula. Ele foi uma ajuda a definir o caminho para este novo projecto?
Bem, eu apareço no vídeo porque uma parte foi filmada no Porto e porque somos amigos e irmãos de armas. Mas sim, na realidade, o Regula tem sido incansável em motivar-me, a exigir mais de mim e do meu trabalho, seja com mensagens ou chamadas. Realmente tem tido um papel fundamental no que estou a desenvolver agora. Esse vosso sexto sentido está apurado…
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