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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/09/2022

Demasiado cedo...

PnB Rock, rapper americano, morreu aos 30 anos

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/09/2022

O rapper PnB Rock, com 30 anos de idade, foi morto esta segunda-feira, 12 de Setembro, durante um assalto. De acordo com a imprensa americana, Rakim Hasheem Allen, nome de baptismo, estaria no restaurante Roscoe’s House of Chicken & Waffles, em Los Angeles, quando um homem armado tentou roubar-lhe as suas jóias e outros objectos de valor.

Há cinco anos, aquando da sua inclusão na Freshman Class 2017 da XXL, Gonçalo Oliveira introduzia o autor de TrapStar Turnt PopStar (2019):

Rakim Allen tem 25 anos e ingressou numa carreira musical em 2014. Isto depois de nunca ter conseguido terminar o ensino secundário, já que aos 19 foi sentenciado a 33 meses de prisão por posse de droga. Foi durante o período em que esteve encarcerado que conseguiu escrever as letras para a sua primeira mixtape Real N*gga Bangaz.

O segundo volume da saga, RnB 2, foi editado no ano seguinte ainda de forma independente. Já RnB 3 marca a sua estreia pela Atlantic Records. Em 2016 a Rolling Stone integra-o na lista de “10 Novos Artistas Que Deves Conhecer”, muito por causa de ‘Selfish’, o grande single de apresentação para GTTM: Goin Thru the Motions, o seu álbum de estreia que foi editado em Janeiro deste ano.

No currículo conta também com uma mixtape a meias com Fetty Wap e uma invejável lista de colaborações: Quavo, Young Thug, 2 Chainz, Wiz Khalifa, Kodak Black ou Lil Yachty são alguns dos que já somaram parcerias com o artista de Filadélfia.”

Conhecido pelo seu lado mais melódico, o artista descobriu que era esse o seu caminho no rap quando ouviu “Best I Ever Had”, tema de Drake. Muitas das participações (não foram poucas e vão de Ed Sheeran a Statik Selektah) iam buscar declaradamente essa sua faceta. Quem pôde experienciar isso de perto foi FRANKIEONTHEGUITAR, músico português com quem chegou a colaborar (as canções nunca viram a luz do dia). Em declarações ao Rimas e Batidas, o autor de “Imagina” e “Tempo” falou sobre o trabalho à distância que fez com PnB Rock:

“O que me cativou à primeira listen, e mais tarde me fez ser ouvinte assíduo do PnB, foi a forma como misturava elementos de hip hop, r&b, trap e pop de uma forma própria, com um timbre diferente e por norma com boa beat selection (ele próprio também produzia). Songwriting fortíssimo, cumpria nos feats. e acho que marcou uma era.

Nunca cheguei a saber ao certo como é que ele chegou a mim. eu sempre postei alguns samples e beats no meu feed do Instagram, é uma boa forma de mostrarmos a nossa música, nunca se sabe quem poderá estar a ver. Eu também não sabia, mas um dia tinha uma DM do PNB a pedir-me algumas das ideias que tinha postado e a dizer que estava no estúdio naquela noite e ia gravar. Fiquei nervoso, foi o primeiro major artist assim a contactar comigo directamente, mas enviei para o e-mail que me deu e fiquei acordado à espera. Passado umas horas, pediu-me o número e ligou-me em Facetime no estúdio a mostrar-me o que tinha feito. Esse momento significou muito para mim. Estávamos em pandemia, por isso não podia viajar para LA e ter as sessões inperson, eu era novo no game e não me mandavam nada para ouvir. A única forma que na altura tinha de ouvir os temas que artistas faziam comigo era quando saíssem ou, neste caso, assim por chamada. Sempre terei um respeito especial pelo PnB porque foi mesmo o primeiro artista a quebrar essa barreira comigo. 

No dia a seguir ele fez um live no Instagram onde mostrou um dos sons que fizemos. Biased ou não, é um dos meus sons favoritos. Adoro a forma como as minhas guitarras e a voz dele casaram.

Entretanto, de vez em quando, trocávamos umas ideias. A última vez que falamos foi há uns meses, ele deu-me o toque que ia lançar aquele nosso som. O mundo perdeu um enorme artista.”


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